sábado, 29 de agosto de 2009

Ação Consciente

Fonte: Instituto Nina Rosa

Grandes empresas estão sempre pensando na preservação do meio ambiente e na otimização de recursos. E pensando nisso, a Spranq – uma agência de comunicação holandesa – criou uma fonte ecologicamente correta, baseada na ideia de Colin Willems, chamada Ecofont®.

A Ecofont® foi criada com base na fonte Vera sans. A ideia básica foi a criação de uma fonte que tem espaços em branco, como furos, dentro dela. Isso permite uma economia de tinta da impressora muito superior às impressões com fontes normais. A economia é de cerca de 20%.

ecofont

Note na imagem que a Ecofont® tem furos dentro dela, são estes furos que permitem a economia de tinta. Alguns especialistas dizem que não há certeza de que a fonte será utilizada em grande escala profissionalmente. Claro que para uso doméstico e uso interno nos escritórios, funciona muito bem, pois você pode economizar bastante. No mínimo, é uma grande ideia.

A Ecofont® funciona bem nos tamanhos 9 e 10. A qualidade da impressão depende também da qualidade da impressora e do software.

O ambientalismo é um assunto muito importante e devemos pensar em todas as maneiras de proteger o lugar onde vivemos. Por isso, sempre existem profissionais pensando em maneiras práticas para garantir o nosso futuro.

Aí vai uma dica: baixe a Ecofont® no seu computador e faça um teste. Comece a economizar tinta da sua impressora na sua casa ou escritório. Assim, você protege o planeta e também o seu bolso.

Fontes de pesquisa:

Site da Ecofont: http://www.ecofont.eu/ecofont_pt.html


Site da agência Spranq: http://www.spranq.nl/en/


Revista National Geographic Brasil, agosto de 2009. http://ngbrasil.com.br

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Gilmar Mendes, em Curitiba, amanhã!

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, desembarca em Curitiba na próxima sexta-feira (28/8).

Mendes deve fazer uma palestra às 19 horas, no auditório do 10º andar do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná.

O Sindijor-PR (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná) apurou que, antes, às 17 horas, o presidente do STF deve se reunir com o presidente do TJ, também na sede do órgão.

O Sindicato convida jornalistas e estudantes a participar, no Centro Cívico, de uma recepção calorosa ao ministro, relator da ação que retirou a obrigatoriedade do diploma em jornalismo para o exercício profissional.

A visita acontecerá um dia depois de uma audiência pública realizada na Camara dos Deputados, em Brasília, sobre a questão do diploma.

Tramitam no Congresso Nacional duas propostas de emenda constitucional (PECs) que restabelecem a exigência da formação específica em jornalismo. Uma frente parlamentar mista está em processo de criação.

O Sindijor-PR pretende publicar em breve a relação de deputados e senadores paranaenses que já aderiram à frente pró-diploma.

Visite Jornalista, só com diploma! em: http://jornalista-so-com-diploma.ning.com

sábado, 22 de agosto de 2009

Assista ao vídeo e ajude um animalzinho a se alimentar

Campanha da Pedigree "Adotar é tudo de bom". Assista ao vídeo abaixo e garanta um prato de ração para um animal abandonado.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu irmão que queria ser o Taffarel

Simone Castro

Lembro-me agora daqueles tempos antigos de minha infância na Vila Ideal, em Canoas, Rio Grande do Sul, onde os meninos corriam pelos campinhos de várzea e onde uma gurizada sem fim se reunia pra jogar bola nas tardes após a aula. Devia ser entre 1988 ou 1990, quando eu não tinha mais do que sete ou oito anos e era a única menina do grupo a brincar com os meninos. Geralmente eu ficava só olhando, outras vezes eu jogava também.

Lembro do meu irmão Fabiano, aquele garoto meio gordinho que ia pro gol fazer suas defesas maravilhosas e imitava as jogadas e os lances de Cláudio Taffarel, seu maior ídolo até então. Engraçado era que todos lá em casa sempre foram gremistas, e meu irmão talvez fosse o mais fervoroso, mas estranhamente seu ídolo jogava no time adversário. Enfim, coisas de garoto.

Lembro que não importava o campinho, mas uma coisa era sempre igual: ao redor da área do goleiro tinha uma grande rodela de mato desmatado e o chão vermelho embarrava os uniformes que não eram nada mais do que roupas velhas ou camisas brancas com os números pintados atrás com tinta de tecido. O Fabiano, ou apenas Mano, como insisto em chamá-lo até hoje, usava uma fita crepe para pintar o número que deveria ficar milimetricamente compatível e a tinta não devia borrar. Depois ele tirava a fita e o número ficava certinho.

Uma vez eu joguei no gol e um garoto que era nosso vizinho chutou uma bola forte na minha barriga. Meu irmão, sem hesitar, não pensou duas vezes e foi tirar satisfação com o menino. Foi o maior quebra-pau. O Fabiano deu uns bons sopapos no garoto magrela que se achava o melhor em tudo. Era o típico dono da bola, ninguém o suportava, mas os meninos todos aceitavam que ele jogasse porque tinha o poder de ter a redondinha.

E tinha o Jonathan, um amigo de meu irmão que eu achava bonito. Eu, ainda tão pequena pensava que quando crescesse poderia, quem sabe, vir a me aproximar dele. Tinha ainda os passeios de bicicleta. Como meu irmão é cinco anos mais velho, suas zicas ou magrelas, como se denomina bicicleta aqui em Santa Catarina, passavam dele pra mim. Eu tinha uma BMX que tinha sido dele e que por seu zelo e cuidado, foi motivo de muitas brigas entre nós. Ela era bordô metálica, linda e eu caí alguns tombos com ela. Arranhei braço, perna, aquela coisa de criança. Tinha também a “Nastácia”, bicicleta da minha mãe com freio de pé. Meu irmão me colocava na garupa e pedalava o mais que podia. Meus cabelinhos lisinhos voavam com o vento que batia em meu rosto enquanto ele ria e se exibia pra mostrar o quanto conseguia ser veloz. Até hoje é apaixonado por velocidade.

As atividades esportivas tinham um sabor de quero mais, especialmente no verão, quando anoitecia quase sempre por volta das 21h. O Sol se põe mais tarde no sul do País. É estranho, porque aqueles anos, aproximadamente sete ou oito anos de minha vida se imortalizaram de tal forma que parecem muito mais. A minha infância é como se tivesse sido há muito tempo, mas também estivesse aqui perto. Eu e meu irmão crescemos, mas ainda guardamos dentro de nós aquelas coisas. As brincadeiras com as panelas de nossa mãe, os carrinhos dele que eu quebrei, as corridas, o pega-pega, esconde-esconde, a diversão que era tomar banho de piscina de plástico, as figurinhas do Campeonato Brasileiro e as jogadas de “bafo” pra ver quem conseguia ganhar mais exemplares pra completar o álbum antes.

Lembro-me quando meu irmão ganhou o troféu de goleiro menos vazado e seu time de futebol da escola foi campeão. Até hoje ele guarda o troféu de latão, que pra ele é como se fosse de ouro.

Meu irmão queria ser goleiro profissional, mas os caminhos da vida o levaram pra outro sentido. Hoje ele é gerente de uma concessionária de caminhões, outra de suas paixões. E mesmo com seus quase 1,90 metros de altura e seus 31 anos, quando olho pra ele ainda vejo aquele pequeno garoto que me chamava de “seca” nas discussões, mas que me carinhosamente dizia Mone quando estava de bem comigo.

Sempre achei interessante ver o mundo com os olhos de um menino e meu irmão me deu este olhar. Eu, a menina que brincava de bonecas, de Barbie com as outras meninas, mas admirava e me interessava por aquele mundo deles, tão particular, tão interessante. Parece que foi ontem que nós dobramos a esquina e que chegamos até aqui.

*Crônica esportiva realizada para a matéria de Jornalismo Especializado, ministrada pela jornalista Valquíria Michela John (2008).

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Episódio 4 - Flying Kebab

Mostra de Cinema Jodorowsky

Abertura com Palestra sobre Jodorowsky

Período: 24 a 27/08

Local: Univali-Itajaí (Biblioteca Central)

Horário: 19h30

ENTRADA FRANCA

O projeto é uma parceria do Sesc com Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra será composta pelos filmes: “A montanha mágica”, “El Topo”, “Fando e Lis” e “LaCravate”. O Período de realização é de 24 a 27 de agosto de 2009.

Jodorowsky iniciou sua carreira no cinema incompreendido pelo público. Era 1968, exibição de Fando e Lis no Festival de Acapulco no México. O diretor teve que sair do teatro pela porta dos fundos. Já o segundo longa-metragem, lançado timidamente em uma madrugada de 1970, nos EUA, ganhou enorme repercussão, devido a admiração expressa de John Lennon e Yoko Ono, que assistiram incidentalmente à película. El Topo obteve assim bilheteria expressivae ficou marcado como o primeiro “Midnight Movie”, mudando para sempre a estratégia de promoção dos filmes underground.

Cineastra, dramaturgo, literato, ensaísta, tarólogo e especialista em psicomagia, Jodorowsky é fundador do teatro do pânico com os surrealistas espanhóis Arrabal e Topor. É também reconhecido como grande autor de histórias em quadrinho, e considerado um dos percussores da arte multimídia.

Os participantes da mostra recebem um catálogo sobre a vida e a obra deste cineastra produzido em parceria entre o SESC e o Centro Cultural Banco do Brasil. A Mostra Jodorowsky promovida pelo SESC exibe seus quatro primeiros trabalhos: o curta-metragem Le Cravate (1957), e os longas-metragens Fando e Lis (1968), El Topo (1970) e A Montanha Sagrada (1973).

Contato:
Marcelo Morais
Setor de Cultura e Turismo Social
SESC-Itajaí-SC
Fone: (47)3349-4096 / 9946-3388

domingo, 16 de agosto de 2009

Neide Duarte, A jornalista!

Situações simples e cotidianas se transformam na mais pura e verdadeira poesia. O olhar observador, poético e singelo de Neide Duarte apresenta o jornalismo em sua forma mais profunda: o do saber ouvir. Pra mim ela é sem dúvida a melhor jornalista deste país.

Desde criança eu ouvia aquela voz doce e suave e pensava: como são boas suas matérias! Somente com o passar dos anos eu memorizei seu nome e muitos anos depois, quando me perguntavam na faculdade sobre um jornalista referência, logo vinha o nome da Neide na minha cabeça. Todos os projetos que ela já fez, como o Frutos do Brasil (abaixo uma entrevista dela sobre a iniciativa), Caminhos e Parcerias (série para a TV Cultura), entre tantas matérias sobre cultura, cotidiano, artes, grandes-reportagens para o Globo Repórter, etc, etc... Tudo tão bacana!
Os mais próximos sabem que eu quando uma reportagem sua é exibida eu paro tudo e fico atenta olhando para a TV.

Ela é cativante por sua simplicidade, facilidade em ouvir pessoas anônimas, em andar pelas ruas, em ouvir gente, em se transpor e se inserir no que reporta. Neide é humana, demasiadamente humana. Quando eu crescer quero ser um pouquinho como ela, ter um tantinho de sua sensibilidade ao sintetizar fragmentos de histórias de vida em registros audiovisuais. Obrigada por tudo Neide!

Abaixo uma amostra do grande talento desta paulistana fantástica! Bjos






sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Clube de Cinema Idoso em Foco” expande suas atividades para os Asilos de Itajaí



O Projeto “Clube de Cinema Idoso em Foco”, que leva cultura e informação até os idosos através da exibição de filmes, é uma parceria entre a Fundação Cultural de Itajaí e o Conselho Municipal do Idoso. Além de atender os Centros de Convivência do Idoso o programa passa, agora, a atender também os Asilos de Itajaí. A partir deste mês, os idosos do Asilo Dom Bosco e do Asilo Quatro Estações vão ser beneficiados com a exibição dos filmes.

Com o Projeto os idosos podem assistir documentários e curtas-metragens que resgatam a história de Itajaí, seus Bairros, Prédios Históricos e alguns personagens que contribuíram para a formação da cidade, resgatando a vivência de muitos idosos neste contexto. Baseado na Política Municipal do idoso, o “Clube de Cinema Idoso em Foco”, visa garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e benefício dos bens culturais. Assim como, valorizar o registro da memória e transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade cultural.

Através da garantia desta Política Municipal ao Idoso, a Fundação Cultural também se preocupa em propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, cobrando apenas o valor de meia entrada. Também incentiva os movimentos de idosos a desenvolver e vivenciar atividades culturais, todas com o respaldo da Fundação e do Conselho do Idoso, para garantir cultura, esporte e lazer para terceira idade.

Fonte: Fundação Cultural de Itajaí

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mateus, o balconista!

Conheci hoje e não parei de assistir os vídeos de Mateus, o balconista. Declaradamente inspirado em Clerks (O Balconista), primeiro filme de Kevin Smith, a séria brazuca foi produzida ano passado pela Cavídeo Produções para o projeto OI TV Móvel. Assim, se tornou o primeiro longa produzido para celular no Brasil. Já são duas temporadas disponíveis também no You Tube. Tentei postar quase todos os episódios aqui. É um longo tempo, mas vale a pena.

A série tem direção de Cavi Borges, co-direção de Pedro Monteiro e roteiro dos dois. A curiosidade é que a locadora onde o vídeo se passa realmente é do diretor Cavi. Localizada no bairro Humaitá, no Rio de Janeiro, o espaço também serviu de locação para o primeiro curta do músico Marcelo Yuka: "O filme do filme roubado do roubo da loja de filmes".

Além do ótimo texto e das situações realmente parecidas com o que rola nas videolocadoras, o sucesso de Mateus, o balconista está nos atores. Mateus Solano está mais do que perfeito no personagem central, assim como todo o restante do elenco.

Eu que trabalhei por quase um ano em uma videolocadora cult de Porto Alegre me identifiquei profundamente com a trama. Inclusive já pensei várias vezes em fazer algum vídeo sobre isso, mas agora acho que seria demais.

Realmente há diversos perfis de clientes e os atendentes de videolocadora geralmente descarregam toda a raiva e frustração em cima destas pessoas. Mas, que algumas merecem, ah isso merecem...

É isso, bjos! Confiram aí a longa lista!!!

















































segunda-feira, 10 de agosto de 2009

All I Need!

Uma música, diversas versões de imagens... Radiohead...







sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Duas tábuas, uma câmera e uma paixão

Amir Labaki

O cinema de Eduardo Coutinho é uma arena na qual pessoas contam fragmentos de histórias. Verdadeiras ou falsas, ficcionais ou reais, adulteradas ou intactas, emprestadas ou próprias. Neste sentido, “Moscou”, seu novo filme, representa uma ruptura menos radical do que nos parece em primeira impressão.

Pela primeira vez numa década, desde a consagradora acolhida a “Santo Forte” (1999), Coutinho abandona por completo o dispositivo do “cinema de conversa”. Dois documentários que rodou neste período já haviam ido além do mecanismo da entrevista. “Peões” (2004) o complementa com material de arquivo do movimento operário no ABC do começo dos anos 1980. “Jogo de Cena” (2007), por sua vez, embaralha depoentes e atrizes, testemunho, auto-ficção e ficção de origem real.

“Moscou” concentra-se agora apenas em intérpretes profissionais. Se antes os atores eram convidados a emprestar suas personas a histórias verdadeiras alheias, agora são levados a emprestar suas vivências a um drama ficcional de Tchecov.

Não se trata de teatro filmado, de um “making of” de uma peça, ou sequer de um documentário sobre os bastidores de uma montagem. “Moscou” contém elementos desses três subgêneros mas é uma obra híbrida e originalíssima. Não é um filme “sobre” alguma coisa. “Moscou” é “Moscou” é “Moscou” – uma experiência ímpar construída a partir de fragmentos de motivação variada, registrados durante os ensaios encomendados para uma montagem teatral descompromissada de gerar um espetáculo autônomo.

Coutinho convidou o Grupo Galpão e o diretor Henrique Dias, que jamais trabalhara com a trupe mineira, para colaborar em três semanas de filmagens de um exercício teatral em cima de “As Três Irmãs” de Tchecov. “O importante na obra de Tchecov”, disse ele a “O Globo”, “é que ela é inacabada, incompleta, fragmentada, precária. São peças sem trama e sem final. Foi isso que me interessou na peça. E no meu cinema também é assim”.

Creio haver mais um motivo. “As Três Irmãs” é uma peça protagonizada por mulheres. Também é assim o cinema de Coutinho, com raras exceções, “Peões” sendo a principal.

Este texto em pedaços serve como uma luva para seu documentarismo despedaçado. “Moscou” não resume “As Três Irmãs, tampouco é uma análise do texto, ao contrário por exemplo da brilhante operação de Al Pacino em “Ricardo 3º – Um Ensaio” (1996).

Para emprestar um termo hitchcockiano, “As Três Irmãs” é apenas o “MacGuffin” para Coutinho realizar “Moscou”. “MacGuffin”, segundo Hitchcock, é o pretexto dramático (o desaparecimento de uma senhora, por exemplo) que serve como motor para o desenvolvimento de uma de suas aventuras. A aventura de Coutinho é registrar em movimento criativo os corações, corpos e mentes de um grupo excepcional de atores e atrizes orientados por um dos principais diretores de teatro do país. É um “MacGuffin” nobre e exigente, mas um “MacGuffin”.

Esse dispositivo fílmico não tem precedentes na obra de Coutinho mas ainda assim o resultado rima no todo e em inúmeras sequências com seus filmes anteriores. Eis logo de saída a tradicional introdução em sua própria voz, com Coutinho explicando pessoalmente, para o Galpão, Dias e nós espectadores, o jogo que propõe. “Meu cinema”, frisa o diretor na entrevista citada, “é um cinema que fala sobre o que é fazer cinema”.

O espaço me limita a dois outros exemplos. Alguns minutos mais tarde, eis Henrique Dias fazendo “Coutinho”. Ele convida os intérpretes a apresentar depoimentos pessoais que mobilizem uma memória afetiva similar a de personagens da peça. A auto-ficção tão cara a Coutinho mais uma vez pede passagem, e o fará em vários momentos posteriores.

Mais perto do fim, Roberto Carlos. Na cena mais bela de “Moscou”, tanto do ponto de vista plástico quanto dramático, um casal de atores entoa, a capella e à luz de fósforos, “Como Vai Você”. Coutinho celebra assim, mais uma vez, a música que, em sua obra, congraça a sensibilidade popular brasileira. “Moscou” é aqui.

“Moscou” não é o “filme de teatro” de Eduardo Coutinho. Seria ainda mais simples entender isso se pudesse vir a ser visto algum dia em sessão dupla com o delicado “Era Preciso Fazer as Coisas” (2007, inédito no Brasil), documentário português em que Margarida Cardoso radiografa o processo existencial de uma montagem de “Tio Vânia” do mesmo Tchecov. Coutinho investiga, sim, mais uma vez, o que é o cinema, libertando o documentário brasileiro do monopólio do assunto. Nesta operação sensibilíssima, testa o filme como nosso instrumento de pesquisa para saber porque vivemos, porque sofremos.

07/08/2009 - É tudo verdade

Contato: labaki@etudoverdade.com.br

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Favela é Isso Aí lança 2º Festival Nacional de Vídeos

Favela é Isso Aí lança 2º Festival Nacional de Vídeos


A ONG Favela é Isso Aí realiza a 2º Edição do Festival Nacional de Vídeos Favela é Isso Aí - Imagens da Cultura Popular Urbana. O principal objetivo do festival é apoiar e divulgar a produção audiovisual sobre a cultura das comunidades de baixa renda, vilas e favelas. Outra proposta é promover o intercâmbio e a reflexão sobre a diversidade cultural das periferias de Minas e do Brasil.

Este ano o festival é realizado sem patrocínio, mesmo assim mantém os prêmios. "O festival é muito importante em vários aspectos: de um lado, como oportunidade para que uma série de projetos sociais, coletivos artísticos e produtores das periferias mostrem sua produção, que, aliás, é crescente e consistente. Por outro lado, é um festival que integra o Brasil todo, que se insere na linha dos festivais de realizadores populares, como o Visões Periféricas, no Rio de Janeiro, o CINECUFA, em Brasília e o KinoOikos, em São Paulo. Por estes e outros motivos, mesmo com todas as dificuldades, mesmo sem patrocinador, o Favela é Isso Aí decidiu realizar a segunda edição do Festival e já tem confirmada a participação de representantes dessas organizações parceiras de outros estados", explica Clarice Libânio, coordenadora da ONG.


Sobre os filmes
Serão aceitos vídeos com duração de três a 15 minutos, inéditos, filmados entre 2008 e 2009 , em qualquer tipo de suporte dv-cam, beta, vhs, película, celular, etc. Podem se inscrever filmes realizados em qualquer formato, desde que enviadas cópias para exibição em Mini DV ou DVD.

Prazos
A inscrição eletrônica (via site) pode ser feita até o dia 17 de agosto. O envio das cópias por correio deverá ser feito impreterivelmente até o dia 10 de agosto. O resultado com os nomes dos vídeos selecionados para as mostras será divulgado pela internet até o dia 14 de setembro. As mostras paralelas e a mostra competitiva serão realizadas em outubro, quando serão conhecidos os vídeos vencedores. As mostras itinerantes continuam em novembro.

Mostras
O Festival Favela é Isso Aí - Imagens da Cultura Popular Urbana terá uma mostra competitiva e mostras paralelas, com realizadores convidados pela organização do festival.
Para a mostra competitiva, serão selecionados e premiados filmes, produzidos em qualquer formato e linguagem, que tenham as comunidades de periferia como foco principal. Os vídeos devem retratar a cultura das comunidades periféricas ou podem ter temáticas variadas, desde que produzidos durante oficinas e projetos sócioculturais realizados em vilas e favelas. Além da premiação para os primeiros colocados, os vídeos selecionados participarão das mostras itinerantes do Festival, nos centros culturais de Belo Horizonte, e, caso seja de interesse e autorizado pelo participante, poderão ser disponibilizados para visualização e download gratuito no site da ONG.


Prêmios
Serão atribuídos três prêmios, no valor de R$ 1.500,00 cada, em espécie ou em equipamentos, com o intuito de fomentar a criação audiovisual nas comunidades. Além dos três prêmios, poderão ser concedidos prêmios extras, por parceiros do Festival, em especial para filmes melhor votados pelo público presente às várias seções do festival.


Festival 2008


A primeira foi realizada no ano passado. Dos 118 filmes inscritos de todo Brasil, 38 foram selecionados para a mostra competitiva, que assim como a paralela, foi realizada no Usina Unibanco de Cinema, no centro da capital. A mostra itinerante foi realizada nas nove regionais da cidade, nos centros culturais. Na Categoria Imagens na Periferia, o filme premiado foi Cidade de Plástico, da diretora Liliane Sena, de Salvador. Na categoria Singular venceu 788 que tem na direção Fiell e Bruno Thomassin, do Rio de Janeiro. O vencedor na categoria Arte e Cultura Popular foi o filme Quarteirão do Soul de Davi Zocoli, de Brasília. E o público escolheu o filme Bibica, de Belo Horizonte, que levou o premio Júri Popular. Ainda foram concedidos dois prêmios de menção honrosa: um para o filme Guerreiras do Brasil, de Cacau Amaral e outro para Fábio Feter pela excelência e inovação do conjunto da obra inscrito e selecionado para o festival. Os premiados nas categorias Singular, Imagens na Periferia, Arte e Cultura Popular e Júri Popular receberam além do Troféu, prêmio no valor de R$ 1.500.


SUGESTÃO DE FONTE


Clarice Libânio - coordenadora da ONG Favela é Isso Aí

Mais informações: (31) 3282-3816 / www.favelaeissoai.com.br (link no pé da página)

http://www.favelaeissoai.com.br//festival.php