segunda-feira, 29 de junho de 2009

OAB aponta caminhos para que seja revista decisão sobre diploma para jornalistas

Presidente da Ordem argumenta que há "confusão" do STF sobre o que o seja a profissão

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse nesta sexta-feira à Agência Brasil que é possível o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão sobre a dispensa de diploma de curso superior para a prática jornalística.

Segundo ele, isso poderia ser feito de duas maneiras: por embargo de declaração ou por meio de uma ação embasada em novos fundamentos.

— O STF não considerou que há, na imprensa, espaço para os articulistas, e que a liberdade de expressão não estava tolhida da legislação brasileira, até porque 42% dos profissionais que produzem conteúdo não são jornalistas — disse.

Britto argumenta que a "confusão" do STF sobre o que o seja a profissão de jornalista possibilita a utilização de um instrumento jurídico chamado embargo de declaração.

— Esse tipo de instrumento pode ser utilizado quando são identificados pontos omissos, erros ou contradições durante o processo — explica.

— No caso, o embargo de declaração estaria relacionado aos pontos omissos, porque não foi observado que os colaboradores já têm espaço previsto para a manifestação de pensamento. Ao analisar esse ponto omisso, o resultado do julgamento poderia ter sido outro — disse o presidente da OAB.

Segundo Britto, há, ainda, a possibilidade de uma outra ação impetrada apresentar novos fundamentos que convençam os ministros a mudar de opinião.

— A liberdade de expressão não é comprometida pelo diploma. E não há exclusividade para os jornalistas no que se refere a manifestação do pensamento — afirmou.

Fonte: Diario.com.br

domingo, 28 de junho de 2009

Exibições de Ciclo das Horas

Queria agradecer a todos que compareceram nas sessões do Ciclo. Na Univali a projeção foi prejudicada por problemas com o áudio. Eu e a Sheila ficamos bem chateadas com isso, mas notamos que a acústica do local também não ajudou.

Eu não pude ir na exibição hoje em Bombinhas, mas a Sheila foi e disse que não houve problema nenhum com o áudio e cerca de 70 pessoas compareceram, mesmo com o jogo do Brasil rolando contra os EUA na Copa das Confederações.

Na sexta-feira, 26, o Lula esteve em Itajaí para sancionar a Lei e o Ministério da Pesca. Eu e a Sheila tivemos uma missão meio CQC e conseguimos chegar perto do palco, pedir pro segurança chamar um assessor e entregar o DVD e o livro. Sei lá se eles chegarão até o presidente, mas esperamos que sim. Vai que ele gosta. Vai que a gente consegue apoio para distribuir nas escolas deste país, fazer mais exibições nas colônias de pescadores, etc. Enfim, se ele assistir/ler já vai ser bacana.

Continuamos correndo atrás de patrocínio. Nosso objetivo é fazer projeções em cidades com tradições na pesca e distribuir o livro e o DVD em escolas, universidades, etc. Fazer com que mais pessoas conheçam estas histórias de vida, tão fantásticas.

Bjos,

mone

Michael Jackson

Não posso dizer que sou uma grande fã de Michael Jackson, mas é inegável que ele marcou minha infância, como de tanta gente. Lembro do vinil compacto que eu e meu vizinho Luciano escutávamos em sua casa.O disquinho, uma promoção da Pepsi Cola, continha duas músicas: Thriller e Billie Jean. Uma em cada lado. Billie Jean ainda é a minha preferida até hoje.

O sofá do Luciano tinha pésinhos, era aberto na parte inferior e eu ficava imaginando que aqueles monstros do clipe sairiam de baixo do móvel para pegar minha perna. Eu tinha medo de Thriller, assim como do Huck. Nunca assistia filmes de terror, o que até hoje é meio recorrente. Mas, era tão legal ouvir aquelas músicas. Isso foi lá por 86 ou 87. Não lembro ao certo. Eu tinha uns cinco anos.

O que me incomoda muito é essa coisa que nós temos de só valorizar quem tá morto. Quando a pessoa tá viva ninguém dá bola, os amigos geralmente só acompanham as coisas boas, aí quando a pessoa morre vira santo e vira o amigo de infância de todos.

Particularmente não sei o que pensar sobre a morte de Michael. O cara era talentoso, um grande artista, têm várias músicas e clipes históricos, mas era maluco. É triste ver o que o sucesso às vezes faz com as pessoas. As cirurgias que ele fez, as pirações, os possíveis casos de pedofilia. Sei lá até que ponto tudo é verdade ou mentira. Só é triste. Um artista com tanto talento e com tanta fragilidade. Por que nós humanos somos assim? Tão aparentemente fortes e as coisas mais frágeis que existem? Não sei a resposta. Abaixo uma versão diferente de Thriller e a minha preferida Billie Jean. Bjos.




sábado, 27 de junho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ciclo das Horas - Comunicação

O documentário Ciclo das Horas tem blog e twitter, abaixo os links para mais informações, perguntas, curiosidades, etc. Mande suas dúvidas, enfim... participe!

Twitter - https://twitter.com/ciclodashoras

Blog: http://ciclodashoras.blogspot.com/

Entrevista ao Vivo - Rádio Univali 24/06

Nesta quarta-feira, às 13h30, estarei ao vivo no programa Viva Voz da Rádio Univali para falar sobre o documentário Ciclo das Horas.

Mande suas perguntas para o e-mail: vivavozunivali@hotmail.com

Ouça a Rádio via Web: www.univali.br/radio

bjos
mone

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Exibição do documentário Ciclo das Horas, Univali - Itajaí/SC, Sexta, 26/06, às 18h30 e 20h40


Ciclo das Horas - Trailer




FILME SOBRE PESCADORES INDUSTRIAIS NA UNIVALI


O documentário Ciclo das Horas será exibido nesta sexta-feira, na Biblioteca Central


No mar, eles são pescadores apaixonados pelo trabalho ou condenados a um emprego que carece da aplicação das leis trabalhistas. Em terra, eles são pais e maridos que dividem seu tempo entre partidas e reencontros, convivendo com as saudades e a ausência da família. O documentário Ciclo das Horas mostra os relatos destes pescadores industriais, acostumados à rotina de semanas no mar e poucos dias em terra, além de depoimentos dos filhos e das esposas que enfrentam a constante espera pelo retorno.


O filme será exibido no hall da Biblioteca Central da Univali (Itajaí), nesta sexta-feira (26/06), em duas sessões, às 18h30 e 20h40, com apoio da Seção de Arte e Cultura. O documentário, dirigido pela jornalista Sheila Ana Calgaro, encerra a exposição de fotos e extratos do livro Vidas separadas pelo mar, da mesma autora.


Todos os pescadores presentes no filme trabalham nas empresas de pesca de Itajaí, mas vivem na cidade de Imbituba, litoral-sul de Santa Catarina. Ciclo das Horas une os depoimentos a uma narração poética e lúdica, além de elementos de animação e imagens da rotina destes pescadores em mar e em terra.


O projeto surgiu a partir da viagem a alto-mar, em fevereiro de 2007, com dez pescadores embarcados. Através desta experiência, Sheila pôde perceber as dificuldades deste trabalho, o sentimento de abandono no meio do oceano e as precárias condições de segurança em caso de acidentes. Essa viagem também serviu como base para escrever o livro citado acima.


Em setembro de 2007, o filme foi lançado em Imbituba, na vila de pescadores, e reuniu mais de 500 pessoas. Agora, passou por uma nova edição e finalização. No entanto, os realizadores ainda buscam patrocínio para este projeto – feito de forma independente – e outras exibições públicas.


A equipe conta com a produção de Simone Castro, arte e fotografia de Mederijohn Corumbá, edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin, finalização de Luciana Siebert, trilha sonora de Leonardo Fellipi e narração de Mariana Furlan. O apoio é do Sitrapesca e Pousada Barra Mar.


CONTATO:


Sheila Ana Calgaro (diretora do filme/autora do livro) –(47) 9605-6061

Simone Castro (produtora do filme) – (47) 8422-6733


SERVIÇO:

O quê: Exibição do documentário “Ciclo das Horas” – encerramento da exposição de fotos e extratos do livro “Vidas separadas pelo mar”.

Quando/Onde: Sexta-feira (26/06), no hall da Biblioteca Central da Univali, com sessões às 18h30 e 20h40.

Apoio: Sitrapesca/Pousada Barra Mar. Seção de Arte e Cultura Univali.

Quem: Sheila Ana Calgaro é autora do livro e diretora do filme. O filme conta ainda com a produção de Simone Castro; arte e fotografia de Mederijohn Corumbá; edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin; trilha sonora de Leonardo Fellipi; narração de Mariana Furlan.



Ciclo das Horas, em Bombinhas, 28/06


LIVRO E DOCUMENTÁRIO APRESENTAM A VIDA DOS PESCADORES INDUSTRIAIS


As obras serão lançadas no domingo (28/06), em Canto Grande-Bombinhas


No mar, eles são pescadores apaixonados pelo trabalho ou condenados a um emprego que não exige escolaridade completa. Homens que enfrentam a falta de aplicação das leis trabalhistas. Ou até mesmo pescadores preocupados com a exploração desordenada das espécies marinhas e com o futuro da pesca. Em terra, eles são pais e maridos que dividem seu tempo entre partidas e reencontros, convivendo com as saudades e a ausência da família.


O documentário Ciclo das Horas mostra os relatos destes pescadores industriais, acostumados à rotina de semanas no mar e poucos dias em terra, além de depoimentos dos filhos e das esposas que enfrentam a constante espera pelo retorno. O filme surgiu do livro Vidas separadas pelo mar, da autora itajaiense Sheila Ana Calgaro, que mostra a vida de pessoas ligadas à pesca industrial em Santa Catarina.


O filme e a obra literária serão lançados neste domingo (28/06), às 16h, no Salão Paroquial da Igreja Católica de Canto Grande, no encerramento das comemorações de São João. O lançamento tem o apoio da Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Bombinhas. O evento conta ainda com uma exposição de fotos e personagens do livro.


CONTATO:

Sheila Ana Calgaro (diretora do filme/autora do livro) – (47) 9605-6061

Simone Castro (produtora do filme) – (47) 8422-6733


Personagens do livro são moradores de Canto Grande


Duas personagens do livro Vidas separadas pelo mar são moradoras de Canto Grande: Salma Benta Santos de Maria e Zilda Francisca da Cruz. Ambas as histórias são narradas em capítulos distintos da obra e também estão presentes na exposição, através de fotos destas mulheres e trechos de seus relatos.


Dona Salma perdeu três filhos para o mar, em anos consecutivos, e conta a sua história de espera e saudades. Zilda foi uma mulher inovadora, naqueles anos de 1940. Através de sua audácia e coragem, ousou viajar com o marido a alto-mar, trabalhando com outros homens, em uma época que a mulher deveria cuidar somente dos afazeres do lar.


“Vidas separadas pelo mar” reúne diferentes histórias de vidas que ajudam a traçar um paralelo sobre os aspectos sócio-culturais dos embarcados e a contar a trajetória da pesca industrial em Santa Catarina e no País. Além disso, traz o relato da autora sobre a sua experiência em viajar a alto-mar, com dez pescadores.


A obra foi Trabalho de Conclusão de Curso de Sheila Ana Calgaro, apresentado em julho de 2007, na Universidade do Vale do Itajaí. No ano seguinte, ganhou a Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí, com patrocínio da Multilog e apoio do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca).


O livro é vendido nos lançamentos realizados, pelo preço de R$ 20. Pode ser adquirido com a autora, através do e-mail sheilacalgaro@gmail.com. Também está à venda nas livrarias Catarinense e Saraiva, para todo o Brasil. E na Livraria Época e Casa Aberta, em Itajaí.


“Ciclo das Horas” eterniza memória dos pescadores


Ciclo das Horas surgiu a partir da viagem a alto-mar, realizado pela autora, em fevereiro de 2007, com dez pescadores industriais que trabalham em Itajaí, mas vivem em Imbituba (SC).


O documentário une os depoimentos a uma narração poética e lúdica, além de elementos de animação e imagens da rotina destes pescadores em mar e em terra. A jornalista Sheila Ana Calgaro, diretora e produtora geral do documentário, gravou a rotina dos pescadores industriais, durante uma viagem de cinco dias a bordo de um barco de pesca, com dez tripulantes. A partir desta experiência, ela pôde perceber as dificuldades em trabalhar em alto-mar, o sentimento de abandono no meio do oceano e as precárias condições de segurança em caso de acidentes.


Em setembro de 2007, o filme foi lançado em Imbituba, na vila de Pescadores, e reuniu mais de 500 pessoas. Agora, passou por uma nova edição e finalização. No entanto, os realizadores ainda buscam patrocínio para este projeto – feito de forma independente – e outras exibições públicas.


A equipe conta com a produção de Simone Castro, edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin, finalização de Luciana Siebert, arte e fotografia de Mederijohn Corumbá. O apoio é do Sitrapesca e Pousada Barra Mar.


Projetos paralelos


A exposição itinerante que surgiu a partir do livro Vidas separadas pelo mar, é composta por 14 banners, com fotos dos personagens entrevistados e extratos do livro. A exposição já percorreu espaços públicos e privados, em Itajaí e Florianópolis. Há exposições previstas para São Paulo e Brasília. Todas as fotografias foram feitas pelo jornalista Elton de Souza, colega de turma da autora nos tempos da faculdade de Jornalismo.


Sheila também distribuiu, gratuitamente, 450 exemplares, já previstos para doação, a escolas públicas e particulares de Itajaí e Florianópolis, além de pesquisadores de todo o Brasil, universidades e sindicatos da pesca. “Quero que este livro sirva como um projeto social e pedagógico, valorizando as histórias destes pescadores que, muitas vezes, não têm seu trabalho reconhecido”, complementa.


O documentário Ciclo das Horas também poderá ser usado como material pedagógico em sala de aula. “Muitas crianças e jovens têm pescadores em suas famílias. Mostrar a importância das memórias destas pessoas é fundamental para que estes alunos entendam a história da nossa região”.


SERVIÇO:

O quê: Lançamento do documentário “Ciclo das Horas” e do livro “Vidas separadas pelo mar”. As obras tratam da vida de pescadores industriais, familiares, e pessoas ligadas à pesca industrial em Santa Catarina. O evento conta com uma exposição de fotos e extratos do livro.

Quando/Onde: Domingo, 28 de junho, às 16h, no Salão Paroquial da Igreja Católica de Canto Grande (Bombinhas)

Apoio: Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Bombinhas

Quem: Sheila Ana Calgaro é autora do livro e diretora do filme. O filme conta ainda com a produção de Simone Castro; arte e fotografia de Mederijohn Corumbá; edição de Luciana Siebert e Roberto Stahelin; trilha sonora de Leonardo Fellipi.

Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.

Clarice Lispector
"A paixão segundo GH", de Clarice Lispector

Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.


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Engraçado. Coincidência ou não eu estou lendo a biografia dela: Clarice - Uma vida que se conta, de Nádia Battella Gotlib. Ainda não li "A paixão segundo GH", mas confesso que fiquei bem curiosa para ver se tenho um mínimo de proximidade com a obra desta autora genial. Já pensou? Quem dera... Admiro demais esta mulher, mas vamos ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens...

domingo, 21 de junho de 2009

Lentes nos olhos

Queria que meus olhos registrassem aquelas cenas cotidianas fantásticas que acontecem quando não dá tempo de pegar uma filmadora, máquina fotográfica ou qualquer coisa que codifique uma imagem. Queria que meus olhos pudessem observar só coisas boas e que as lágrimas não fossem de tristeza ou perplexidade. Queria não ver tanta dor ao redor de tudo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Começam as atividades do cineclube em Itajaí

Na próxima quarta-feira, 24 de junho, às 19h acontece a segunda reunião do "Cineclube Itajaí", no Centro Público de Economia Solidária (Cepesi). O intuito é conhecer as propostas para atividades do cineclube, assim como definir a programação e os filmes que serão exibidos.

No mês de julho as sessões cinematográficas acontecem na 1ª e 3ª quarta-feira do mês às 19h e no 2º e 4º domingo de cada mês, às 16h, no auditório do Cepesi, rua Lauro Muller, ao lado da Fundação Cultural, Centro – Itajaí.

No mês de julho as sessões serão nos dias:

01, 08 e 22 (quartas-feiras), às 19h e 12 e 26 (domingo), às 16h.

Após a exibição acontecerão conversas sobre o filme projetado e sobre cinema em geral.

Todas as sessões têm entrada franca.

Os filmes serão escolhidos coletivamente através do blog: http://cineclubeitajai.blogspot.com/. Neste espaço é possível postar textos, realizar sugestões de nome para o cineclube, compartilhar conhecimento cinematográfico, etc...

Mais informações com a Cláudia, através do e-mail: cineclubeitajai@gmail.com

Em março deste ano eu, o Paulo Henrique de Moura, a Luana Bocchino, a Cláudia Regina Telles e a Janine Schmitz realizamos um projeto para o edital Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura. Este programa viabiliza projetores e estruturas para cineclubes por todo país. Esta semana obtivemos a notícia que nosso projeto para Itajaí não foi aprovado. Então, a Claudia e a Janine começaram a se mobilizar em prol do cineclube, na condição do faça você mesmo. Então aí está o projeto tentando tomar asas. Quem puder comparecer! Prestigie! Abração

Simone


Vídeo experimental da Pangéia Produções, de Itajaí/SC

Vídeo experimental editado com material de arquivo da década de 90, produzido em São Tomé das Letras - Minas Gerais. Registro impressionante de naves espaciais, entrevista com Oriental Luiz Noronha e relatos de testemunhas que tiveram contato alienígena.

Imagens: Júlio Trazi, Luis Valverde Bocchino, Oriental Luiz Noronha, Roberto Bocchino
Música: Steven Bonne, Thiago Cóser
Edição: Lallo Valverde Bocchino

Ainda sobre o diploma...

O Roberto Vieira, publicitário e radialista da Rádio Univali apresenta um contraponto interessante sobre a discussão do diploma. Embora eu acredite que formação universitária é importante sim para um bom jornalista, o Roberto apresenta muitas coisas que eu concordo e acho importante refletirmos.

Diploma para botar na parede
Texto publicado no blog Ressonância, em 16/06/09

Estou escrevendo sem saber o resultado da deliberação do STF sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Não sou jornalista, convivo com vários deles, e a cada vez mais me convenço da não-necessidade do diploma. A cada declaração dos favoráveis fico mais convicto de que se trata de uma questão meramente corporativa. Os favoráveis defendem sua posição dizendo que na academia se aprende ética, geografia, história, técnicas de redação. Ora, nada disso se aprende na faculdade. Ética se forma recebendo exemplos desde o berço. História, Geografia se aprendem lendo, recebendo informação. Quantos jornalistas formados leem mais de um livro por mês?


Os mais sinceros defendem a obrigatoriedade com uma justificativa bem parcial, o que, de pronto, já os coloca em uma contradição: como arguir baseado em “o que é que eu vou fazer com meu canudo? E o dinheiro que gastei?”


Jornalistas não abrem o peito de ninguém, não fazem pontes que podem matar milhares de pessoas, e eventuais falhas ou erros podem perfeitamente ser resolvidas dentro das práticas de mercado e dos procedimentos jurídicos. Não é o registro que evita que muitos jornalistas anti-éticos permaneçam por aí vendendo seus textos.


Sou radialista com registro na Delegacia Regional do Trabalho, o que em tese, deveria ser obrigatório para o exercício da minha profissão. Muitos colegas não tem o registro, o que não faz com que eles sejam piores do que eu. Sou publicitário formado. Entrei na faculdade querendo fazer um pouco do que Washington Olivetto fazia (ah, quanto arrependimento). Seu ingresso na publicidade aconteceu da seguinte forma: um pneu furou em frente a uma pequena agência. Ele entrou. Pediu um estágio. Conseguiu. O resto ficou por conta de sua criatividade e muita leitura. Há ótimos publicitários formados pelas faculdades.


Assim como há excelentes jornalistas formados pela vida. E vice-versa. Ou alguém duvida da competência de um José Hamilton Ribeiro, de um Elio Gaspari ou de um Ricardo Kotscho? Há muitos textos melhores do que os de Arnaldo Jabor ou Nelson Motta produzidos basicamente por aulas de jornalismo? Não creio.

Creio que os Sindicatos fariam mais pela categoria elaborando uma prova que separasse o joio do trigo, como a OAB faz. Quem tem conhecimento, competência, fica. Quem não tem, sinto. Se a faculdade foi boa, deve aprovar seus formandos. E o mercado já o trata com outros olhos, lhe dá preferência. Se não, que os aspirantes a jornalista saibam que dali, não sairá coelho. Ponto.


Achei bem bacana o texto abaixo. Me identifico com a Bruna.

Decisão do STF é um atentado à profissão

por Bruna Karpinski * (brunak@gmail.com)

Muito cedo, quando eu ainda era criança, nas entrelinhas estava evidente qual seria a minha escolha profissional. Eu tinha uns 10 anos, acho, e já demonstrava a paixão pelas palavras. Tentava datilografar os trabalhos da escola na máquina de escrever Remington que minha mãe tinha. No final, não ficava contente com o resultado porque nunca conseguia alinhar a margem direita. Arrancava a folha, amassava e tentava de novo. Ainda assim não desisti e o sonho continuou. Aos 12 anos eu já sabia dizer com convicção o que eu queria ser: jornalista.

Em 2000, aos 17 anos, ingressei na Unisinos com o coração repleto de sonhos. Me formei no meio de 2006, com 23. Foram seis anos dedicados à universidade e digo que valeu a pena. A alegria no momento em que recebi meu canudo foi desmedida. Há quase três anos estou no mercado na condição de profissional. De lá pra cá, passaram-se quase dez anos e meu ideal em relação à atividade que abracei, que sempre foi muito claro, permanece inalterado: ajudar, através do meu trabalho, na construção de um mundo menos desigual e mais justo.

Mas como não ficar indignada com a notícia de que o Superior Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista? Está certo que na faculdade eu não aprendi tudo o que hoje sei, pois muito só se aprende no mercado de trabalho. Mas mesmo que tenha encontrado algumas deficiências ao longo do curso - como acontece em todas as áreas - eu valorizo minha formação.

E o embasamento teórico e técnico? O conhecimento sobre ética e História da Comunicação? E as teorias do Jornalismo e da Comunicação? Disciplinas específicas para a formação de um jornalista. Foi tudo em vão? Não pode ser... Eu me questiono como fica tudo isso para os que nem sequer frequentaram um curso de Jornalismo e agora, com essa, vão sair por aí se dizendo jornalistas.

Será que as autoridades que tomaram esta decisão não se dão conta que uma informação mal apurada pode causar um estrago irreparável? Pelo visto não. Assim como um médico sem diploma põe em risco a vida dos pacientes, um jornalista sem formação específica é uma ameaça à integridade moral e ética da nossa sociedade. Uma notícia equivocada pode destruir pra sempre a imagem de uma empresa ou pessoa.

Como argumento para a derrubada da exigência, usam a bandeira da liberdade de expressão. A formação e o diploma de um jornalista em nada ameaçam a liberdade de imprensa. Ao contrário, qualificam a informação, que chegará à sociedade com responsabilidade e ética. Permitir que qualquer pessoa exerça a função de jornalista é um atentado ao papel social da profissão. É tornar impossível a prática de um jornalismo responsável.

A decisão do STF é um balde de água fria para os diplomados e um desestímulo aos que pensam ou pensavam em ser jornalistas. Isto é uma total desvalorização do profissional que trabalha com dignidade, em benefício da informação.

* Bruna Karpinski é jornalista.

Flying Kebab - Episódio 3

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalistas de Luto - Jornal da Manhã, Criciúma

Fonte: Site Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina

18/06/2009 -
Jornalistas ocupam manchete principal do Jornal da Manhã, de Criciúma, na luta em defesa da profissão

Autor: Luiz Stefanes


Capa e página 7 mostram revolta contra decisão do STF

Os profissionais da redação do Jornal da Manhã, de Criciúma, mostraram hoje (18/06) que é possível manter a luta e a resistência em defesa da profissão, do jornalismo por formação. Quem leu o periódico do Sul do Estado foi surpreendido logo na capa com o fundo preto e o título principal “Jornalistas de Luto”, numa clara demonstração de indignação e revolta contra a decisão do STF em acabar com a obrigatoriedade da formação específica para o exercício da atividade jornalística.

A capa ainda traz a figura do diploma e a frase “Jornalistas por formação: Melhor para o jornalismo, melhor para a sociedade”. Esse protesto era apenas o começo e o texto convidava o leitor a ir para a página 7, toda ocupada em mostrar a luta dos jornalistas em defesa da sua profissão. Atividade essa bem diferente do trabalho de um “cozinheiro ou de um costureiro”, conforme comparação usada pelo ministro Gilmar Mendes, para quem tudo é a mesma coisa. Faltou ao presidente do Supremo defender que os rábulas assumam sua função em Brasília.

Indo para a página 7 do Jornal da Manhã, o leitor pode saber muito mais sobre a luta dos jornalistas que defendem apenas o direito a uma profissão regulamentada. O texto principal tem como título “Jornalista profissional: respeito com a sociedade”, assinada pela editora-chefe Marli Vitali. Ela frisa que a decisão “coloca em risco também a própria democracia”, acrescentando que não se pode “perder o foco na ética e na seriedade, pontos que sempre pautaram o trabalho dos bons profissionais”.

Também é apresentado o selo da campanha em defesa do diploma, da profissão e da regulamentação. Abaixo vem a notícia sobre o julgamento no STF e o texto “Sindicato vai brigar pela formação profissional”, no qual o presidente Rubens Lunge é entrevistado e fala sobre a continuidade da luta do SJSC em defesa da categoria.

A edição do dia 18 do Jornal da Manhã pode ser considerada histórica, pois alguns poucos jornalistas conseguiram mostrar enorme vontade de luta e indignação contra a decisão do STF. A capa e a página 7 do periódico de Criciúma mostram que a categoria pode muito mais quando sai em defesa dos seus direitos, da sua profissão e das suas vidas.

Veja e leia o material completo no sitio www.jmnet.com.br


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A direção do SJSC reúne-se amanhã (19/06) na sede da entidade, em Florianópolis, às 10h, com sua assessoria jurídica para definir as ações após o julgamento no STF sobre o diploma.

Já na próxima terça-feira (23/06), às 14h, está agendada uma reunião na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) – Ministério do Trabalho – para se discutir encaminhamentos relativos a registro profissional e a profissão de jornalista.

O presidente Rubens Lunge salientou que a nova situação da profissão ficará mais clara quando da publicação do acórdão ou do transitado em julgado do STF. Ele acrescentou que o julgamento em nada altera a convenção coletiva e a jornada de trabalho dos jornalistas, dentre outras questões relativas à categoria.

Texto da coordenadora do curso de jornalismo da Univali


Segue abaixo uma resposta da coordenadora do curso de jornalismo da Univali, a jornalista Jane Cardozo da Silveira ao Túlio Borges Filho, também graduado na mesma instituição. Como a maioria da categoria, ambos estão indignados com o posicionamento do STF, porém a professora Jane apresenta alguns pontos interessantes para o futuro.

Abraço, mone

Queridos Colegas:

Enquanto vigorou a lei ora derrubada, já tínhamos um mercado repleto de irregularidades, por conta de um ministério público que não fiscalizava o setor. Todos sabemos de pessoas que trabalhavam sem diploma impunemente. É claro que se era assim com a lei, podes argumentar, pior agora sem ela. Concordo. Entretanto, não podemos subestimar o público leitor, telespectador, ouvinte, internauta.

Quando busca uma informação segura, a quem a sociedade recorre? A qualquer site, a qualquer blog, a qualquer impresso, a qualquer um? Não; todos querem ter certeza de estar recebendo uma informação confiável, apurada com base em critérios técnicos e postura ética.

Acredito que para sobreviver num mercado tão competitivo, os próprios empresários da comunicação terão de levar isso em conta. E aí, na hora da contratação, o diploma vai pesar.

Estou, neste momento, tentando ver o lado menos ruim disso tudo. E tenho esperança de que, como diz o ditado, "o tiro saia pela culatra", com algo feito para nos enfraquecer servindo como impulso para o fortalecimento das escolas de jornalismo - ficarão as de melhor nível; e como forma de congregar a categoria - diplomada - em uma frente pela valorização da informação pautada no interesse público.

Somos 80 mil jornalistas formados no Brasil, segundo a Fenaj. Não vamos desaparecer no ar, certo? Estamos por aí, nas redações, nas assessorias, chefiando equipes, contratando gente, ... Será que iremos deixar de contratar um profissional com diploma diante de outro candidato recém-saído do Ensino Médio?

A despeito de sermos também empregados, tendo patrões que não são jornalistas, mas empresários do ramo da comunicação, se fomos colocados em funções de chefia por esses mesmos empresários, é porque temos espaço e merecemos confiança. Logo, seremos ouvidos, não é mesmo?

Muito do que está por vir, Túlio, depende de nós. Da nossa confiança em nossa formação, da nossa seriedade, da nossa certeza de estarmos fazendo o que é melhor para a sociedade. Com limitações, é certo, como os demais profissionais de outras áreas também as tem, mas acima de tudo com o discernimento de que - sim - um curso superior de Jornalismo é imprescindível para dar conta da realidade complexa que nos serve de matéria-prima.

Só para complementar a mensagem anterior, vale lembrar que a situação decretada ontem pelo STF é conjuntural.

Ou seja: pode mudar, caso o Congresso Nacional aprove nova regulamentação profissional para jornalistas.

Vamos nos mobilizar nesse sentido. A hora é agora !


Um grande abraço,

da Jane.

J. Jane Cardozo da Silveira
Jornalista SC00187JP
Coordenação do Curso de
Comunicação Social:Habilitação em Jornalismo
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI



quarta-feira, 17 de junho de 2009

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Retrocesso total. Cada dia que passa o governo/justiça votam coisas mais idiotas e estúpidas. Realmente ridículo. O brabo é que todo mundo acha que pode escrever num jornalzinho, falar numa rádio e fazer umas entrevistinhas... Ser jornalista parece algo banal, que qualquer um faz, mas não é bem assim. Estou bem triste com tudo isso. Reconheço que há vários profissionais bacanas e éticos que não tem formação acadêmica, porém, conheço muito mais gente tosca e idiota que se acha o super bonzão com um microfone/caneta/teclado na mão sem formação alguma. E o pior que se acham a última bolachinha do pacote. Fazem muita merda e acham que tá tudo certo. Burros são os tolos que gastam tempo e dinheiro no ensino superior.


Há muitos formados que não tem a menor preocupação ética, mas há infinitamente mais gente sem formação que desrespeita totalmente algumas coisas básicas, como não cobrar nada para publicar uma matéria ou não trocar por pequenos favores. Lembrei das aulas do professor Christofolletti. Em cidades do interior mesmo, como onde moro, já ouvi várias pessoas sem formação, mas ligadas à área, que é perda de tempo passar quase cinco anos na faculdade. Não acho. Aprendi muito, poderia ter aprendido muito mais, mas minha formação acadêmica foi e é extremamente importante para mim. Eu sim, deveria ter me dedicado mais. Lido mais, aproveitado mais os bancos da universidade. Mas, creio que tenho muito mais bagagem que muita gente que só quer mostrar a carinha na TV, assim só pra conseguir roupas e cabelereiro de graça.


Pra mim, isso tudo é um grande cala-boca. Voltamos à ditadura, só que mascarada pela suposta "liberdade de expressão". É pra ter mais gente mais facilmente corrompida no mercado, pra ter mais gente ganhando menos, pra ter mais gente repetindo tudo que seu mestre mandar. Retrocesso. Estamos caminhando cada vez mais pra imbecilidade. São leis absurdas que regulamentam a grilagem na Amazônia, em Santa Catarina um "novo código ambiental" que ao invés de proteger as margens dos rios determina que elas devem encolher ainda mais, são mais e mais vereadores pra não fazer nada, são mais e mais políticos estúpidos votando por melhores salários/vantagens só para eles. Estou farta de tanta coisa e de nossa pasmaceira. De não fazermos nada.


Então pra que diploma? Quem sabe eu posso ser juíza também? Acho que vou tentar passar na prova da OAB. Pra que diploma? Pra dizer o que é lei ou não???


Abaixo segue o texto da FENAJ!!!


Texto publicado no site da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

Em julgamento realizado nesta quarta-feira (17/06), o Supremo Tribunal Federal deu provimento ao Recurso Extraordinário RE 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, o TST pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. A executiva da FENAJ se reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.

Representantes da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do RS, PR, SP, MG, Município do RJ, CE e AM acompanharam a sessão em Brasília. O presidente da Comissão de Especialistas do Ministério da Educação sobre a revisão das diretrizes curriculares, José Marques de Melo, também esteve presente. Do lado de fora do prédio - onde desta vez não foram colocadas grades - houve uma manifestação silenciosa. Em diversos estados realizaram-se atos públicos e vigílias.

Às 15h29 desta quarta-feira o presidente do STF e relator do Recurso Extraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdo do processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União e tendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partes interessadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicato patronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dos representantes das entidades dos trabalhadores (FENAJ e SJSP) e da Advocacia Geral da União, houve um intervalo.

No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h05, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Em determinado trecho, ele mencionou as atividades de culinária e corte e costura, para as quais não é exigido diploma. Dos 9 ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.

“O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posições patronais e entrega às empresas de comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista”, reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. “Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação”, complementou, informando que a executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta-feira, às 13 horas, para traçar novas estratégias de luta.

Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF um retrocesso. “Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência. Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informação continua”, disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanha nas ruas as pessoas manifestavam surpresa e indignação com o questionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão. “A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma é necessário, só o STF não reconheceu isso”, proclamou.

Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação em jornalismo, a luta pela democratização da comunicação, por atualizações da regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa do diploma serão intensificadas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Guardem este nome: Adriana Pimentel!


Não é por ser minha amiga, mas o trabalho de Adriana Pimentel, essa carioca radicada em Fortaleza/CE, realmente demonstra seu talento.

Fotojornalismo com paixão, emoção, alma. A Adri consegue extrair a sutileza e a profundidade das pessoas comuns, com uma generosidade que só um grande fotógrafo faz. Além da plástica, da beleza, há alma!


É possível ouvir as pessoas retratadas em suas fotos. Eu consigou ouvir suas vozes através das imagens. Eu consigo ouvir as romarias e as rezas através dos terços, através das janelas. Lindo Adri, lindo!

Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da jornalista e fotógrafa Adriana Pimentel é só clicar no endereço: http://www.flickr.com/photos/adriana_pimentel/



quinta-feira, 11 de junho de 2009

OS BATEDORES estréia em Porto Alegre 26/06


Com produção e roteiro do meu amigo Édnei Pedroso, o curta-metragem "Os Batedores" será lançado dia 26 deste mês na capital gaúcha. Com muito suspense o vídeo promete ser bem interessante.

Infelizmente eu não vou poder comparecer porque estou aqui em Santa Catarina, mas estou na torcida Édnei. Os meninos estão batalhando neste vídeo há muito tempo, não sei ao certo, mas acho que passa de dois anos. Abaixo algumas informações complementares extraídas do blog da produtora Arquivo Morto e o trailer. Bjos!

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26.06.09 - 21:30 - No CineBancários (Rua General Câmara, 424) - Exibição de Estréia de "Os Batedores". O filme tem 20 minutos de duração e a sessão é gratuita, é só comparecer lá para conferir a última produção da Arquivo Morto. A exibição será em Blu-Ray, ou seja cinema de alta definição com um sistema não só de áudio mas de vídeo tinindo de novo. Imperdível. Leve toda a família.

E na sequência, todos estão convidados a rumar para o Manara (Av. Goethe, 200), para uma OPEN BAR histórica (R$ 20 pila para quem levar o flyer do post impresso ou enviar e-mail - um nome por mail válido - para promo@abstratti.com.br). É bebida liberada para entortar até a alma e assistir no telão os Making Offs e materiais diversos do curta-metragem! No som, o bom e velho rock´n roll. Igualmente imperdível.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dancing Lula - A nova onda da internet...

Dancing Lula, produzido, dirigido e dançado, pelo criativo pé de valsa Mederi Corumbá. Parabéns!!!

Mais informações sobre o trabalho do Mederi é possível conferir no site do programa Galo Frito:

www.galofrito.com.br

sábado, 6 de junho de 2009

ONG Bichos & Amigos realiza brechó e feira de adoção neste domingo


PORTO ALEGRE
- Neste domingo, dia 7 de junho, a ONG Bichos & Amigos realiza brechó beneficente na rua Eduardo Chartier, 80, quase esquina com Assis Brasil, próximo ao Bourbon Assis Brasil, em Porto Alegre, com feira de adoção de animais. Das 10h às 18h, roupas, calçados, bijouteria, livros, revistas, CDs, LPs, objetos de decoração e outros estarão à venda por valores simbólicos. A renda obtida com o brechó vai para alimentação, tratamento veterinário, esterilização e manutenção das instalações onde estão abrigados cerca de 150 gatos e cachorros vítimas de abandono ou maus-tratos.


Na feira de adoção de animais, os interessados em ter um 'novo amigo' devem ser maiores de 18 anos, apresentar documentos, comprovante de residência e assinar o termo de adoção. Para chegar ao evento, basta pegar qualquer coletivo que passe na Assis Brasil e descer na parada Coronel Feijó, que fica a uma quadra do local. No dia do evento, a entidade também estará recebendo doações de ração, que é o que mais precisa no momento. Informações pelo 51-8461-5077 ou www.bichoseamigos.org.br. Os animais agradecem.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pra mim a melhor propaganda de todas...

Acredito que, como grande parte dos brasileiros, conheci o Radiohead não através das rádios, mas sim pelo "comercial do Carlinhos", produzido em 1998, pela agência DM9DDB. A música "Fake Plastic Trees" aliada ao belo texto, fotografia e ritmo, me emocionava e emociona até hoje de uma forma até então não desperta pelos comerciais. E olha que eu amo assistir propagandas legais. Adorava assistir o programa Intervalo, na TV Cultura. Pra minha surpresa a música foi doada pelo Radiohead para o vídeo. E só se confirma... esses caras são foda, assim como o comercial.



Ainda considero o "The Bends", de 1995, o segundo disco da banda e o que contém "Fake Plastic Trees" , o melhor deles. E confesso que me sinto culpada por ter baixado o "In Rainbows" sem ter pago um centavo. Não foi por má vontade, foi por falta de grana mesmo.

Admiro a relação destes caras com a música. Admiro quem não se vende pelo dinheiro e tenta acima de tudo fazer arte e fazer algo para fazer deste mundo um lugar melhor. Ajudar alguém, dar um bom dia sorrindo, ser uma pessoa melhor nas atitudes cotidianas. Excluir um pouco os nossos preconceitos idiotas e tentar ver o lado bom das pessoas e coisas. Pra mim é disso que fala o comercial e a música. Sair da nossa comodidade santa de cada dia. Do nosso mundo de plástico. Tenho pensado muito nisso. Fazer arte, fazer amor, fazer sentido. De coração.

Abaixo o clipe de "Fake Plastic Trees". Semelhanças com algumas imagens do "Procura-se uma banda", não são mera coincidência. =)

Kisses.

Dia Internacional do Meio Ambiente: sem motivos para comemorar


Por Redação do Amazonia.org.br

Apesar de o Dia Mundial do Meio Ambiente ter sido criado para mostrar a importância do meio ambiente à sociedade, neste 5 de junho de 2009 não há motivos para comemorar a data.

A aprovação pelo Congresso da Medida Provisória 458, que regulariza as terras na Amazônia e promove a grilagem; a pressão de ruralista para mudar o Código Florestal e o grande investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) em grandes empreendimentos na Amazônia e em atividades que devastam os ecossistemas, como a pecuária, são algumas das ações que ilustram a inexistência de motivos para comemorações.

Diante deste contexto, 23 organizações da sociedade civil vêm a público manifestar sua preocupação com os rumos da política socioambiental brasileira. Veja o documento na íntegra.

Nota pública contra o desmonte da política ambiental brasileira

As organizações da sociedade civil abaixo assinadas vêm a público manifestar, durante a semana do meio ambiente, sua extrema preocupação com os rumos da política socioambiental brasileira e afirmar, com pesar, que esta não é uma ocasião para se comemorar. É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas. Recentes medidas dos poderes Executivo e Legislativo, já aprovadas ou em processo de aprovação, demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável.

1. Já em novembro de 2008 o Governo Federal cedeu pela primeira vez à pressão do lobby da insustentabilidade ao modificar o decreto que exigia o cumprimento da legislação florestal (Decreto 6514/08) menos de cinco meses após sua edição.

2. Pouco mais de um mês depois, revogou uma legislação da década de 1990 que protegia as cavernas brasileiras para colocar em seu lugar um decreto que põe em risco a maior parte de nosso patrimônio espeleológico. A justificativa foi que a proteção das cavernas, que são bens públicos, vinha impedindo o desenvolvimento de atividades econômicas como mineração e hidrelétricas.

3. Com a chegada da crise econômica mundial, ao mesmo tempo em que contingenciava grande parte do já decadente orçamento do Ministério do Meio Ambiente (hoje menor do que 1% do orçamento federal), o governo baixava impostos para a produção de veículos automotores. Fazia isso sem qualquer exigência de melhora nos padrões de consumo de combustível ou apoio equivalente ao desenvolvimento do transporte público, indo na contramão da história e contradizendo o anúncio feito meses antes de que nosso País adotaria um plano nacional de redução de emissões de gases de efeito estufa.

4. Em fevereiro deste ano uma das medidas mais graves veio à tona: a MP 458 que, a título de regularizar as posses de pequenos agricultores ocupantes de terras públicas federais na Amazônia, abriu a possibilidade de se legalizar a situação de uma grande quantidade de grileiros, incentivando, assim, o assalto ao patrimônio público, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal. Ontem (03/06) a MP 458 foi aprovada pelo Senado Federal.

5. Enquanto essa medida era discutida - e piorada - na Câmara dos Deputados, uma outra MP (452) trouxe, de contrabando, uma regra que acaba com o licenciamento ambiental para ampliação ou revitalização de rodovias, destruindo um dos principais instrumentos da política ambiental brasileira e feita sob medida para se possibilitar abrir a BR 319 no coração da floresta amazônica, com motivos por motivos político-eleitorais. Essa MP caiu por decurso de prazo, mas a intenção por trás dela é a mesma que guia a crescente politização dos licenciamentos ambientais de grandes obras a cargo do Ibama, cuja diretoria reiteradamente vem desconhecendo os pareceres técnicos que recomendam a não concessão de licenças para determinados empreendimentos.

6. Diante desse clima de desmonte da legislação ambiental, a bancada ruralista do Congresso Nacional, com o apoio explícito do Ministro da Agricultura, se animou a propor a revogação tácita do Código Florestal, pressionando pela diminuição da reserva legal na Amazônia e pela anistia a todas as ocupações ilegais em áreas de preservação permanente. Essa movimentação já gerou o seu primeiro produto: a aprovação do chamado Código Ambiental de Santa Catarina, que diminui a proteção às florestas que preservam os rios e encostas, justamente as que, se estivessem conservadas, poderiam ter evitado parte significativa da catástrofe ocorrida no Vale do Itajaí no final do ano passado.

7. A última medida aprovada nesse sentido foi o Decreto 6848, que, ao estipular um teto para a compensação ambiental de grandes empreendimentos, contraria decisão do Supremo Tribunal Federal, que vincula o pagamento ao grau dos impactos ambientais, e rasga um dos pontos principais da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, assinada pelo País em 1992, e que determina que aquele que causa a degradação deve ser responsável, integralmente, pelos custos sociais dela derivados (princípio do poluidor-pagador). Agora, independentemente do prejuízo imposto à sociedade, o empreendedor não terá que desembolsar mais do que 0,5% do valor da obra, o que desincentiva a adoção de tecnologias mais limpas, porém mais caras.

8. Não fosse pouco, há um ano não são criadas unidades de conservação, e várias propostas de criação, apesar de prontas e justificadas na sua importância ecológica e social, se encontram paralisadas na Casa Civil por supostamente interferirem em futuras obras de infra-estrutura, como é o caso das RESEX Renascer (PA), Montanha-Mangabal (PA), do Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR/AM), do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi (PR) e do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas (SC/RS).

Diante de tudo isso, e de outras propostas em gestação, não podemos ficar calados, e muito menos comemorar. Esse conjunto de medidas, se não for revertido, jogará por terra os tênues esforços dos últimos anos para tirar o País do caminho da insustentabilidade e da dilapidação dos recursos naturais em prol de um crescimento econômico ilusório e imediatista, que não considera a necessidade de se manter as bases para que ele possa efetivamente gerar bem-estar e se perpetuar no tempo.

Queremos andar para frente, e não para trás. Há um conjunto de iniciativas importantes, que poderiam efetivamente introduzir a variável ambiental em nosso modelo de desenvolvimento, mas que não recebem a devida prioridade política, seja por parte do Executivo ou do Legislativo federal. Há anos aguarda votação pela Câmara dos Deputados o projeto do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) Verde, que premia financeiramente os estados que possuam unidades de conservação ou terras indígenas. Nessa mesma fila estão dezenas de outros projetos, como o que institui a possibilidade de incentivo fiscal a projetos ambientais, o que cria o marco legal para as fontes de energia alternativa, o que cria um sistema de pagamento por serviços ambientais, dentre tantos que poderiam fazer a diferença, mas que ficam obscurecidos entre uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e outra. E enquanto o BNDES ainda tem em sua carteira preferencial os tradicionais projetos de grande impacto ambiental, os pequenos projetos sustentáveis não têm a mesma facilidade e os bancos públicos não conseguem implementar sequer uma linha de crédito facilitada para recuperação ambiental em imóveis rurais.

Nesse dia 5 de junho, dia do meio ambiente, convocamos todos os cidadãos brasileiros a refletirem sobre as opções que estão sendo tomadas por nossas autoridades nesse momento, e para se manifestarem veementemente contra o retrocesso na política ambiental e a favor de um desenvolvimento justo e responsável.

Brasil, 04 de junho de 2009.

Assinam:

Amigos da Terra / Amazônia Brasileira
Associação Movimento Ecológico Carijós - AMECA
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida - APREMAVI
Conservação Internacional Brasil
Fundação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional - FASE
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - FBOMS
Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e Entorno
Greenpeace
Grupo Ambiental da Bahia - GAMBA
Grupo Pau Campeche
Grupo de Trabalho Amazônico - GTA
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON
Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM
Instituto Socioambiental - ISA
Instituto Terra Azul Mater Natura
Movimento de Olho na Justiça - MOJUS
Rede de ONGs da Mata Atlântica
Sociedade Brasileira de Espeleologia
Via Campesina Brasil
WWF Brasil


(Envolverde/Amazônia.org.br)