quinta-feira, 19 de junho de 2014

e quando você para, recolhe os cacos, respira e segue em frente. reconstrução, a gente vê por aqui.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Difícil descrever o que a Legião significa para mim. Sem dúvida é a banda que eu mais gosto, que mais me identifico, que mais me ensinou, que mais me fez perceber e ir atrás de outras coisas, seja na música, na literatura ou no cinema. Renato é minha grande referência artística desde os meus oito anos. Nesse domingo, ao ouvir o primeiro programa da série sobre os 28 anos da Rádio 89 FM, a Rádio Rock, eles lembraram que a música mais tocada em 1985 foi "Será", da Legião. Acho que em geral as pessoas não dão o real valor que a Legião tem artisticamente. Talvez muito pela imagem que eu considero bem equivocada que muita gente tem do Renato, como se ele fosse um missionário, coisas do tipo. Mas, me dei conta que só tinha quatro anos em 1985 e que ouvia da minha cama as músicas que tocavam na Amji (Associação dos Moradores do Jardim Ideal), em Canoas/RS, quase ao lado de casa, imaginando como seria quando fosse adolescente e tivesse idade para ir na discoteca (sim, esse era o termo da época). Acho que não fazia ideia do quanto o Renato seria fundamental pra mim e tão pouco tempo depois. Além da Legião, na Amji tocava Smiths, Madonna, Cindy Lauper, hoje clássicos dos anos 80. Assistia na TV o Globo de Ouro, o Programa do Chacrinha, o Perdidos na Noite e creio que isso tudo acabou me influenciando para toda a vida porque trouxe um pouco de rebeldia e transgressão ainda naquele meu universo infantil que tinha também Trapalhões domingo a noite, Porcina e Sinhozinho Malta na TV em preto e branco. Acredito que três expressões artísticas foram fundamentais para minha vida e que mudaram minha visão de mundo até hoje: Legião Urbana, Ramones e John Hughes. Mas, o cara que dançava de forma esquisita e que tinha os palavrões cortados numa música gigante, ainda numa época que as rádios eram controladas por um regime militar decadente, seria fundamental para eu perceber anos mais tarde, na pior fase, lá por 93, 94, 95 que eu era estranha e que não precisava provar nada pra ninguém, só precisava ser eu mesma, ainda que achasse todo mundo diferente de mim, e que poderia cortar o cabelo curtinho quando todo mundo só queria ser bonita e ter longas madeixas, que poderia andar de preto, não sair de casa e principalmente não ir na discoteca ou ficar com os garotos que eu considerava idiotas. Confesso que nessa época eu achava praticamente todo mundo idiota, professores, quase todos os colegas da escola, mas especialmente os veranistas que se achavam mais importantes por serem de cidades maiores como Curitiba, Blumenau ou Joinville, no fundo tão provincianas quanto qualquer outra cidade, (nessa época eu morava em Piçarras, cidade do litoral catarinense, e achava que "Everyday is Like Sunday" tinha sido composta pra mim). Eu preferia ficar com meus filmes, livros, os K7's e com o Johnny Depp na parede. Mais tarde ainda percebi que no fundo todo mundo é diferente, mas é igual, cheio de angústias e frustrações e talvez por isso a Legião seja uma banda tão importante para tantas pessoas. Às vezes eu achava que quem não tinha a dor n'alma não era capaz de compreender de verdade o que caras como Renato, Kurt Cobain, Morrissey, Joey Ramone, ou tantos outros desajustados, descreviam em suas músicas, mas no fundo acho que talvez isso tudo seja uma grande bobagem e uma forma de querer se enquadrar numa caixinha, num clube para pessoas especiais que não existe. Todo mundo sofre. Acho que não quero crescer e talvez esse seja meu erro, algo que me atormente. Fiquei em algum pedaço intermediário do tempo entre a infância, a adolescência e uma adulta que não se dá conta que já tem quase 33, mas ainda vê o mundo com aqueles olhos, de quem tinha 5, 8, 10 anos e já se achava meio esquisita.



sábado, 3 de maio de 2014

Vô Juvenal

Se meu avô estivesse vivo ele faria 95 anos hoje. Há três nos deixou. Pai do meu pai sempre foi uma das pessoas que eu mais amei na vida. Era engraçado, brincalhão, sabia fazer contas de cabeça como ninguém, tinha uma horta nos fundos de casa e aproveitava todas as cascas e o lixo orgânico. Foi até premiado com aquela hortinha. Agricultor desde sempre. Era simples, descendente de índios, nascido na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, da família Batista Silveira, mas carregava só o sobrenome da mãe, Oliveira. Se apaixonou pela minha avó ainda na infância. A chamava de rabilonga por causa dos cabelos longos e da trança que usava. Não saia de casa sem seu bonézinho e depois a bengala. No fim da vida usava crocs por ser leve e confortável. Nunca aprendeu a dirigir, mas teve caminhões, uma Rural. Não deixou meu pai ser caminhoneiro. Achava que a profissão de torneiro mecânico seria mais promissora. Teve amantes, fez minha vó sofrer, interferiu na vida dos filhos. Teve um bom patrimônio e quase perdeu tudo. Guardou dinheiro, ajudou o que pode os filhos. Perdeu quase todos os irmãos e quando minha avó faleceu, sofreu demais. Só o nascimento do 18º neto trouxe um alívio de felicidade. Quatro filhos, 18 netos, incontáveis bisnetos e tataranetos. Me ensinou a jogar dominó, me ensinou tanta coisa. Não era perfeito, era taurino, não conheço ninguém mais taurino que ele. Cabeça dura, mas com um coração gigante. Vejo muito do meu avô no meu irmão. Tenho um orgulho imenso da família que tenho. Saudades, Vô e obrigada por tudo. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Quatro anos

Últimos minutos de 24 de abril de 2014. Há quatro anos cheguei em São Paulo. Um sábado. Desembarquei na rodoviária Tietê cedinho, antes das 7h. Era minha segunda vez na cidade. Peguei o metrô, fiz baldeação baseada no mapa, sempre baseada nos mapas. Acho que eles nos dão a dimensão real do espaço a ser desbravado. Desci na Consolação. Me lembro da cena clichê ao subir a escada rolante e chegar na Paulista com um travesseiro, um colchão de ar, uma mala, uma mochila, uma inscrição em um curso de roteiro, um monte de sonhos, expectativas e dinheiro pra ficar no máximo três meses. Achei que ia ser assaltada e engolida pela cidade em dois tempos. Estava vestida com minha armadura imaginária de Samurai, mas por incrível que pareça fui abraçada pela cidade de pedra. Alex, um amigo da faculdade, me recebeu em sua casa onde deixei as malas e dormi na primeira noite. Naquele mesmo sábado corri atrás de diversos endereços de pessoas com as quais quase dividi moradia. Algumas experiências surreais e mais bizarras que eu já vivi. Mas dei uma sorte imensa e conheci duas meninas que viraram meus anjos da guarda e minhas grandes amigas, Camilla e Elida, pessoas que eu devo minha gratidão eterna por terem me acolhido e ensinado tanto. Já no domingo estava instalada no apartamento da Artur com suas janelas e samambaias e a parede roxa. Outros anjos surgiram ao longo desses quatro anos. Muito obrigada a todos que me ajudaram direta ou indiretamente e que continuam me ajudando. São Paulo pode parecer hostil e é, mas também pode ser encantadora e eu gosto muito daqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain


Há 12 anos, numa quinta-feira, a última que O Fabuloso Destino de Amélie Poulain estaria em cartaz, eu corri para o cinema. Se não me engano era a última sessão. As 11 salas do Shopping de Canoas raramente exibiam filmes que não fossem blockbusters e a pouca procura fazia com que os filmes saíssem rapidamente de cartaz (infelizmente ainda funciona assim). Mas eu e outras cinco pessoas desconhecidas estávamos lá para uma das mais, se não a mais, experiência arrebatadora que eu já tive ao assistir um filme. Várias películas mudaram a minha vida, mas acho que Amélie foi diferente, foi aquela explosão de cores, aquela música, aqueles sentimentos, aquela personagem. Me identifiquei nos mínimos detalhes. A garota estranha e sozinha que ama platonicamente um cara que nem sabe quem é, mas imagina que ele é como ela e que de uma maneira torta quer fazer pequenas coisas que possam ajudar outras pessoas. Acho que o sucesso do filme é exatamente esse, quase um segredo mágico e compartilhado com quem se identifica. Acredito que felizmente são muitas pessoas. Obviamente há quem ache idiota, mas não confio nesses seres. Eles não tem coração. Quando o filme terminou, eu chorava compulsivamente, não de tristeza, mas porque era muito do que eu sentia, era o cinema falando por mim. E para minha maior felicidade, ouvi há dois dias o Jean-Pierre Jeunet falar que o grande tema de seus filmes e a sua grande questão particular é essencialmente a história de alguém tímido, introvertido, que no fundo só quer se livrar dessa introversão, quer se expressar e sair do casulo. Chorei de novo. Jeunet me salvou mais uma vez, como fez há 12 anos. Sim, eu sou uma idiota, mas Amélie é definitivamente especial. Ela não mudou só a vida dos personagens, mudou a minha também e acredito que a de muita gente.



quarta-feira, 9 de abril de 2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

a janela e a luz acesa. passo, no silêncio. os passos surdos gritam sobre as folhas secas mudas do quarto andar. passos, sombra, caminho.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Dança ridícula



Performance ridícula de Simone enquanto arruma o guarda-roupa ao som de "Ashes", de KT Tunstall.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Dia 02 de 2014. Estou eu, na casa dos meus pais, trabalhando no computador. Ainda há resquícios de um trabalho de 2013. Escrevendo, deitada no meu quarto de outrora que ainda guarda as bonecas hoje quase trintonas. Há ainda as fitas em VHS de tantos filmes que amo e que devem estar embolorados. Meu pai, com uma rosa cor de rosa nas mãos, entra delicadamente e me entrega a flor. Meu pai é desses caras, quietos, mas que em um gesto são capazes de fazer as maiores gentilezas e as maiores ações. Entregou também outra rosa, essa vermelha, para minha mãe. As rosas foram colhidas no nosso jardim. É esse tipo de coisa que eu amo em minha família. A gente não se importa com carro do ano, com marca disso ou daquilo, o que vale são os gestos mais singelos. E eles não precisam ser comprados, não precisa ser um buquê caríssimo, não precisa ter data, não precisa estar no instagram ou ser divulgado aos quatro ventos. Meu pai não fez isso pra parecer gentil, ele fez porque faz isso de vez em quando ao colocar comida para os passarinhos, ao tirar o cocô dos cachorros do pátio, quando percebe uma nova flor. Esses dias largaram um cachorrinho aqui na minha rua. Filhotinho, magro, com muita pulga e carrapatos. Tentamos ver com os vizinhos se alguém poderia ficar, ninguém quis. Com a iminência dos malditos fogos de artifício e com carros passando em alta velocidade, ficamos com receio dele ficar na rua. Meu pai foi o primeiro a dizer que deveríamos acolhê-lo, tratá-lo e tentarmos alguém para adotá-lo, já que temos outros quatro e que mais fortinho e bonitinho é mais fácil achar um tutor. Mais que depressa fui ao pet shop mais próximo, comprei um xampu antipulgas, remédio de vermes e tratamos o sapequinha que ainda está em processo de nome. Acho que vai se chamar Caco em homenagem ao sapinho dos Muppets. Acho que no fundo vamos ficar com ele, um fofo. Se eu pudesse levaria para São Paulo comigo. Sinto falta dos cachorros, dos bichinhos. Mas, são os doces gestos cotidianos, os doces gestos de meu pai, minha mãe, meu irmão, que fazem a diferença e é isso que quero para meu 2014 e para sempre. Doces gestos silenciosos e o agradecimento a Deus por ter me dado uma família tão especial.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Resoluções 2014

Fim de ano é normal a gente pensar nos planos e nas mudanças para o próximo ano. Eu quero muito voltar e resgatar a pedra bruta em direção à vidraça que eu era quando tinha 16, 17 anos. Apesar da timidez e do medo, algo dentro de mim me movia, mas me continha porque achava que era jovem demais e que no futuro as coisas iriam mudar. Agora sinto que já estou um pouco velha pra certas coisas, mas estranhamente a alma adolescente ainda é latente. O duro é constatar que com o passar dos anos você fez muita coisa que achou que nunca iria fazer, e que talvez você não tenha se tornado uma pessoa tão legal como você queria ser. Eu era muito idealista aos 16 anos. Era definitivamente alguém melhor. Em 2013 já mandei muita gente se fuder, coisas que não estavam me fazendo bem foram meio que exterminadas no momento e me orgulho disso, apesar de ter perdido oportunidades também por isso. Mas em 2014 quero resgatar o espírito rock'n'roll adormecido que habita esse ser. Deixar de ser apática e alguém que deixa a vida correr. Mandar o consumismo pro inferno e seguir meu coração. Minhas resoluções são pra tentar me encontrar com a garota de 16 anos anos atrás que queria ter uma banda, fazer um filme e caminhar pelo meio-fio. 2014 será o ano de finalmente dar um "mosh" ou stage diving.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sabe a hora que dá vontade de sair correndo pelada gritando pela rua só de raiva? Pois é, hoje ainda não deu.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os Incríveis - O Grande Desafio

O querido Arilson Arraes, ou Arilson Araripina, foi o grande vencedor da primeira temporada de Os Incríveis - O Grande Desafio, exibido pelo NatGeo Brasil! \o/

Obrigada a todos os participantes, a todos que trabalharam nesse projeto e que me ensinaram tanto, ao Cazé maravilhoso! Foi um trabalho exaustivo, difícil, mas com muitas histórias e vivências.

Aprendi muito fazendo tanto a produção de conteúdo, quanto auxiliando na produção de casting e me sinto mais feliz por ter sido uma pequena peça dessa engrenagem. E agora passa um filme de como tudo começou.

Vi o Arilson de relance em um programa de esportes na TV e achei que ele tinha o perfil do programa que estávamos começando a produzir. Conversei com a querida Mariane Kawasaki, produtora, sobre o que ela achava, mas o nosso desafio era contactar o Arilson. Achei a matéria completa na internet e descobri que ele era de Araripina, no interior de Pernambuco. Mas, como contactá-lo? 


Como sou de uma cidade pequena, lembrei que geralmente o assessor de imprensa da prefeitura é o cara que conhece todo mundo da cidade, ainda mais sendo um menino prodígio que já tinha dado algumas entrevistas. Pensei, não custa tentar. Consegui falar com o Jorge Posseti, assessor de imprensa da prefeitura, que foi um querido. Disse que conhecia o Arilson, mas não tinha o contato dele, que iria tentar falar com o pai do Arilson e me pediu para entrar em contato no dia seguinte. Jorge conseguiu, na época o pai do Arilson estava sem telefone, eles compraram um só para que pudéssemos conversar. 


E assim foi, esse menino simpático e carismático, que tem uma grande memória, é apaixonado por futebol, já sabia muita coisa e conseguiu decorar ainda mais informações para participar do programa. Passou pela primeira fase e passou pela final. Eu estava torcendo por todos os participantes, porque todos mereciam e todos realmente são incríveis, mas foi inevitável conter as lágrimas quando vi dos bastidores o pai do Arilson abraçando o filho e depois me agradecendo por ter feito o primeiro contato. "Você tem uma parcela nessa conquista", me disse. E isso valeu tudo. 


Mas, esse prêmio é total mérito de vocês Arilson! Seu e de sua família por incentivá-lo. Sei o quanto esse prêmio pode ajudá-los a ter uma vida um pouco melhor e isso foi o mais gratificante de tudo. Obrigada Arilson. Obrigada por ter me ensinado tanto.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Danilo Gentili é rock!


Com a bundamolização do rock brasileiro (e das artes em geral), acho que os humoristas são hoje os caras mais rock'n'roll nas atitudes e ideias no cenário artístico nacional. Às vezes desnecessários, exagerados, fora de propósito (como todo mundo diga-se de passagem), mas ao mesmo tempo questionando a sociedade e seus paradigmas. Ao mesmo tempo ainda que também reforçam muitos preconceitos e estereótipos, embora se isso for levado a sério, está presente desde o início da comédia, desde Aristóteles. Ela é calcada justamente nos estereótipos ou exageros das fragilidades humanas. Enfim, mas para complementar tudo isso, quem não tem nenhum tipo de preconceito ou questionamentos sobre alguma coisa que atire a primeira pedra. Todos somos hipócritas quase o tempo todo. 

E o Danilo Gentili é um dos expoentes nesse turbilhão entre bater e apanhar por defender piadas e ideias. Quase um Rocky Balboa que apanha e continua seguindo o que acredita. Com as devidas proporções, às vezes também o vejo como um personagem de Milan Kundera.

Eu acho que ele, ainda que desajeitado e com argumentos que especialistas consideram frágeis, puxou para si uma responsabilidade imensa ao questionar um governo que a maioria aprova, eu inclusive. Acho que apesar de tudo o Brasil avançou muito, especialmente para as pessoas mais simples que visivelmente hoje tem uma qualidade de vida melhor, mas não foi só o governo, foram diversos fatores econômicos mundiais, etc.. Eu mesma, só terminei a faculdade porque consegui a bolsa de estudos pelo Prouni, mas de verdade, o certo seria ninguém ter que pagar nada para estudar, mas se não fosse o Prouni teria levado pelo menos mais uns dois anos para finalizar.


Acho que infelizmente seria ingenuidade acreditar que só houve mensalão no governo do PT, que no meu ponto de vista também não é mais esquerda há um bom tempo. Na verdade não sei se existe mais esquerda no Brasil ou no mundo. Não sei se efetivamente algum dia existiu, sendo que Cuba, URSS e China apresentaram regimes ditatoriais, sangrentos em que o coletivo foi massa de manobra. E claro, o indivíduo como indivíduo pensante e questionador, não existe. Sem falar que pegaram o pior do capitalismo criando escravos em nome da mais valia. Pra mim nada pode ser mais absurdo do que matar uma pessoa pelo que ela acredita e isso aconteceu tanto por defensores da direita quanto da esquerda.

Infelizmente a corrupção está tão intrínseca na sociedade brasileira, essa mania em querer se dar bem está presente no cotidiano das pequenas às grandes coisas que para mim é o grande câncer social. Logo, a corrupção no Brasil existe em todas as camadas sociais e em todos os partidos também. Obviamente que nada justifica mensalões, propinas e que as prisões foram justas e necessárias. Acho ainda que o PT deveria ter feito a reforma tributária, promessa antiga do Lula, acho que poderíamos ter um país melhor, mais justo, e claro, que a corrupção das pequenas às grandes coisas precisa acabar. 


Acredito que todas as pessoas tem direito de questionar e se posicionar contra ou a favor o que quer que seja e não lembro de nenhum outro humorista no Brasil, ou artista, que tenha passado pelas sabatinadas públicas que o Danilo e o Rafinha Bastos passaram nos últimos anos. Claro que eles não são ingênuos, ou são, não sei, mas se posicionam e pagam um preço por isso. Só sei que deve ser muito difícil ser esses caras, levar tanta pedrada, bater de frente com um monte de gente, com instituições, ideologias em nome de piadas/ideias, na pressão de tentar ser engraçado e agradar ao mesmo tempo que questiona... O eterno arlequim que tem permissão para ridicularizar todo mundo para fazer graça, inclusive o próprio rei, mas está sempre sobre o meio-fio. 


Estava pensando sobre tudo isso e acho que de forma meio torta e esquisita, mas com a sua opinião e o direito de expressá-la, o Danilo está colocando um país inteiro para questionar e se questionar. E embora essa já famosa discussão dos "limites do humor" esteja saturada, creio que está sendo válida para todos nós pensarmos e reavaliarmos também sobre nossos posicionamentos políticos e éticos. Acho que se Aristóteles estivesse vivo ele gostaria do Danilo. 


Mas em geral vejo que há muita violência e agressão, de todos os lados. De quem é a favor ou contra os humoristas. Dos humoristas contra quem se posiciona contra eles. De quem se acha de direita ou de esquerda, de representantes de grupos étnicos, grupos de gêneros ou grupos religiosos. Tempos pesados e difíceis, embora acredite que todos sairão melhores depois disso.  Por fim, compartilho um texto interessante sobre a perseguição ao Danilo. Independente de concordar ou não, acho que vale a leitura. Danilo Gentili, as panquecas e o pensamento


Adendo: site em que Danilo Gentili responde algumas críticas - http://www.respondendoidiotas.com.br/

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013


Já fui editora de conteúdo web do Educativo da Fundação Bienal de São Paulo, também já trabalhei como assessora de imprensa, jornalista, repórter. Fiz uma monografia sobre Eduardo Coutinho, fui mérito acadêmico e deixei a medalha numa gaveta. Tenho interesse em documentários, dramaturgia,  produção de roteiros para cinema, web, TV, mas fracassei no meu TCC da pós, um roteiro de um longa sobre uma mulher de 30 anos que fracassa.  Já fiz alguns cursos na área de humor, como improviso e stand-up comedy, mesmo sem ser engraçada. Já fiz coisas sérias como ser assessora de imprensa de um palestrante mágico. Já fui vendedora de consórcios de motos, mas não vendi uma sequer. Já fui caixa de supermercado, montadora elétrica, balconista em um posto de venda de pescados. Trabalhei como repositora de mercadorias em um mercadinho, balconista de uma papelaria. Fui operadora de telemarketing e recepcionista de hospital. Já fui motorista de Kombi de festa infantil, monitora da piscina de bolinhas e da cama elástica. Já passei pijamas em uma malharia de fundo de quintal e fui atendente de videolocadora cult. Já fui garota do tempo, estagiária em rádio, em TV, fiz alguns curtas, fui assistente de produção no Garota Verão. Fui ameaçada por fotografar uns policiais batendo em um rapaz que havia furtado uns sprays. Já fiz matéria de moto-táxi. Meu codinome era Marilyn Monroe, iniciais MM. Tudo isso me ajudou a ver o mundo de várias formas, conheci pessoas fantásticas, outras nem tanto, aprendi muita coisa, outras vezes não aprendi nada e sai a mesma tosca de sempre, mas a beleza de estar viva é essa. Agora quero ser astronauta.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

pela fresta, a única imagem que ele via era de uma TV de 100 polegadas projetada da janela da sala do apartamento sem cortinas. imagem sem áudio sob uma espécie de cabana contemporânea feita de lona, tecidos e todos os elementos que um dia foram de alguém.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ao me jogar do precipício só senti os cabelos ao vento.


sábado, 20 de julho de 2013

não sou esse tipo de garota. sou pior. sou uma senhora balzaquiana.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

meus avós

não sei se é o sul, se é o vento ou se é só uma melancolia incrustada nos veios do rosto. as mãos grossas, a enxada, o sol. a comida fria, o leite, as vacas, a rotina das madrugadas e das noites curtas. a semente, a água e o mar. os ciclos que recomeçam e que levam o tempo consigo. a saudade dos olhos azuis do céu e do dominó.

sábado, 22 de junho de 2013

Absolutamente indignada com o Credicard Hall e a Tickets For Fun. Se há algo que merece uma manifestação e um boicote são sim essas empresas de shows e há tempos. Taxas abusivas além do valor do ingresso, taxa para você imprimir o negócio em casa. Ontem fui comprar o ingresso pro show do Morrissey via Tickets For Fun. A Pista custa R$ 110 a meia e R$ 220. Só de taxas de serviço e uma taxa para eu retirar o ingresso no local, custava R$ 35 a mais. Achei um absurdo. Fui até o Credicard hoje. Pra começar um lugar que não tem acesso a pedestres já é de estranhar. Odeio esse pensamento idiota que prioriza carros e supostamente o poder econômico como se ele fosse representado por bens. Depois de uma hora na fila e apenas um guichê aberto para atender quem comprava ingressos diversos, um atendimento ridículo. Uma moça, que obviamente não tem culpa, mas faz parte do bolo, com uma tabelinha mostrava muito toscamente a localização da plateia. Não havia um computador, um monitor como em qualquer cinema ou casa de espetáculos. Eu mal ouvia o que ela dizia porque havia aquele vidro com o autofalante que reproduz uma voz robótica e que obviamente não estava funcionando. Fico indignada com isso, com esse descaso. Se há um preço de ingresso, acredito que ali já estaria embutido todas as taxas. Claro, se a pessoa quer receber em casa, obviamente pode-se cobrar por isso, mas é abusivo esse sistema como é feito hoje. Me indignei e só comprei porque é o Morrissey, um dos meus ídolos-mor, mas vou começar a boicotar isso tudo.

domingo, 19 de maio de 2013

Mais um exame de rotina. Na verdade, não. Um exampe pré-operatório. Subo as escadas, dou graças a Deus pelo laboratório estar vazio num sábado pela manhã. São quase 9h. O curso de assistente de direção começa às 10h, vai dar tempo. Faço o cadastro, vou pro primeiro andar e sou chamada. Janaína, uma moça simpática, prepara meu braço. Algodão, álcool, a picada. Viro os olhos para o outro lado, não quero ver meu sangue. Só sei que foram uns quatro ou cinco tubinhos. E depois, mais uma picadinha na orelha esquerda. Um teste para ver a coagulação do sangue. A sensação que há uns três anos não sentia. A leve suspensão, a perda dos sentidos, o zunido chegando. Aviso Janaína que sinto a iminência do desmaio. Ao terminar de pronunciar as palavras, a queda. Sonho algo, não lembro o que. Acordo, assustada, sem saber onde estou. Janaína não me é familiar. Ela me abana. Dois ou três segundos e me dou conta do que faço ali. Deito na maca, meio tonta, Janaína levanta minhas pernas, começo a melhorar. Ainda penso em ir para o curso, mas ao sentar, volto a ficar tonta, náusea, mal estar, vômito. Depois de alguns minutos, sento na sala de espera. Pego o elevador, desço as escadas do prédio 518. Chego na calçada. Um taxi na porta. Pergunto se estava livre, o taxista diz que espera a mãe. Atravesso a rua, meio tonta. Outro taxi, esse livre. Peço desculpas pro taxista. Do 518 para o 101. Uma corrida curta, R$ 5,60. Não conseguiria caminhar os 400 metros. O caminho do elevador até a porta da minha casa demora uma eternidade. Abro a porta, tranco meio cambaleante. Jogo a mochila e o casaco no sofá. Corro para o banheiro. Não há mais nada no estômago. Aviso que não posso ir ao curso. Durmo várias horas. Algo não está bem, mas só queria lembrar do que sonhei.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

odeio um monte de coisas.

domingo, 7 de abril de 2013

Amo ir em shows, adoro ver os caras que tanto gosto tocando, se jogando no palco, sentir o rock'n'roll pulsando, mas cada vez mais me irrito com o público. Pessoas fumando na sua cara, empurrando, se plantando na sua frente, sempre com a maior cara de pau e fingindo que já estavam ali há muito tempo. Gente que não liga para nada e ninguém. Gente que dança batendo em você. Geralmente umas meninas chatas fazem isso. Os caras, em geral, são mais tranquilos. Estou velha. Sem paciência para as pessoas. Ontem, no show do The Cure fiquei pensando numa frase do Kurt Cobain que de praticamente toda aquela multidão talvez poucas pessoas realmente entendessem o que ele dizia. Sei que pode parecer absurdamente arrogante, mas sinceramente acho que pouca gente realmente entende o que os caras falam, especialmente caras como Robert Smith, Morrissey, Kurt, Dylan, Eddie Vedder. As pessoas são muito egoístas e sempre olham para o próprio umbigo, para uma forma de se dar bem. Durante o show do Mr. Smith e sua trupe, projeções de cenas de guerra, de ditadores, da ridicularidade humana. E acho que pouca gente percebeu. Enfim, cada um sente as coisas de uma forma. Eu ando questionando se esse é o meu lugar.

sábado, 3 de março de 2012

o esvaziamento das palavras e das coisas.
dizer eu te amo sem ser da boca pra fora.
falar, sentir e ser da alma e do coração.
parece cada dia mais raro.

domingo, 11 de setembro de 2011

no braço, Gabriel. nas mãos, o jornal. sua camisa xadrez, o rabo de cavalo, a barba. meu coração pulsa mais forte. na cabeça: "ocean of noise".

quarta-feira, 9 de março de 2011

serenata de gritos às quatro da manhã

os gritos me acordaram.
ele estava em frente ao meu prédio,
quase quatro da manhã.
minha maldita insônia não me deixou dormir!
quando finalmente pego no sono,
ele aparece fazendo juras e promessas que eu conheço tão bem.
todo dia agora é isso.
assim não dá!
vou levantar e jogar um balde d'água nessa praga!
espero que a maria julia não caia nessa de novo.
não aguento mais suas lamúrias,
muito menos a serenata de gritos que o joão faz para ela.

sábado, 5 de março de 2011

cordas

à noite, no subúrbio.
eu só queria ele aqui.
ele q se vai como água por entre as mãos.
mãos e unhas roídas.
roídas como minhas roupas.
num acorde desafinado.
cheio de som e esquecimento.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu sempre preferi o ditado "se não pode com eles, mande eles se fuderem", ao invés do "se não pode com eles, junte-se a eles". Acho covarde.

Odeio gente blasé que se importa apenas com o que você representa, com a roupa que você usa, o que você tem, onde você trabalha, com quem você se relaciona, com o que você pode oferecer de benefício. Gente assim não se importa com o que você é, o que você sente, pensa.

Ser contra isso me atrapalha muito, sempre atrapalhou. Na escola, na vida, nos relacionamentos, nas amizades, mas especialmente no trabalho. Seria tão mais fácil fingir para ser aceita, mas sinceramente é tão melhor não pagar pau pra idiotas sem caráter. Sempre foi assim e assim que vai ser.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Alguém bate à porta. Levanto e com a maior má vontade do mundo, ando mais de dez passos e puxo a maçaneta. Pra minha surpresa, é ele quem bate. Aqueles grandes olhos castanhos me olham. Tão ternos. Um sorriso em seguida. Fiquei sem jeito, definitivamente não esperava que fosse ele.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O guri de mochila

Estava chovendo. Não era a maior chuva dos últimos tempos, mas chovia razoavelmente forte. Estava de bicicleta, ensopada. Tive que passar em casa primeiro para tomar um banho e matar a fome. Sorte que o curso fica só a três quadras de casa. Por fim, cheguei quase meia hora atrasada. Estava assinando a maldita lista de presença quando, alguns segundos depois, ele entrou. Ainda mais molhado que eu e mais perdido.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sem inspiração pra muita coisa

Exatamente assim que me sinto: sem inspiração pra muita coisa.

Já é terça-feira, mas como não dormi e estou com toda a referência da segunda, pra mim ainda é dia 25 de outubro. Na terça, 26, é aniversário da minha mãe, mas só sinto que a data vai ser real depois que acordar e ligar pra ela logo depois. Sinto falta de casa, dos meus pais, do meu irmão, dos meus cachorros. Sinto falta de algumas pessoas, mas em geral, basicamente só deles.

Essa segunda foi um dia estranho, difícil. Pra terminar definitivamente, tomei um baita banho de chuva e cheguei ensopada em casa. Aquele dia maldito em que tudo dá errado. Mas, enfim... segue-se.

Ando trabalhando demais, mas estou feliz por estar envolvida com arte, a coisa que mais curto. Ando pensando nas coisas que deixei pra trás e em como, às vezes, é bom deixar tantas coisas pra trás. Pessoas, sentimentos, objetos, roupas. Como é estranho seguir e deixar coisas que tiveram grande importância em nossas vidas, mas que sei lá porque, não tem mais sentido e a menor relação. Sabe quando você olha para trás e parece que estava sonhando? Que aquela vida não era a sua, a sua vida real?

Às vezes me acho extremamente insensível por não sentir falta de muitas pessoas, de amigos, de pessoas importantes que passaram por minha vida. Sinto saudades, mas ao mesmo tempo, se nunca mais encontrá-las, será indiferente. Minha vida segue. Não sei se é um ultra egoísmo, uma autoproteção ou porque aprendi a não esperar muito dos outros. Acho que vivo as coisas intensamente quando elas acontecem, depois, sei lá, parece que perde o sentido e o interesse.

É estranho quando você de repente se pega pensando em como amou profundamente uma pessoa que hoje é tão estranha para você. Assuntos banais, uma vida sem cor e a sensação de que você sabia que queria mais e que a vida pode oferecer mais. Engraçado como os discursos mudam, como as pessoas se acomodam, como as pessoas se contentam com pouco, com uma vidinha programada, sem riscos, sem graça. Engraçado como a gente se acomoda. Como a gente às vezes busca o caminho mais curto e tantas vezes bizarro. Como a gente tem medo de ficar sozinho.

Tenho prestado cada vez mais atenção e infelizmente percebo que ainda hoje, com a total liberdade que existe, no fundo, no fundo, grande parte dos relacionamentos só existem porque as pessoas morrem de medo de ficarem sozinhas. Eu também tenho medo disso, mas ao mesmo tempo, morro de medo de me acomodar, de deixar de sentir, de ficar com alguém para não ficar sozinha. Assim como tenho medo de não me envolver de verdade com ninguém por medo também. Ou pior, de fingir se envolver, o que é mais comum. Nesse mundo de faz de conta, ter alguém é quase um troféu.

Sou tão tranquila, mas dentro de mim meus sentimentos me pulsionam, me questionam todo o tempo. Só que será que a vidinha tranquila não é melhor? Será que a vida tem que ser uma montanha russa pra fazer sentido?

Metade de mim vê o mundo de forma serena, com pássaros e flores. Outra metade tem vontade de jogar os pensamentos e as palavras mais ácidas nas situações mais estranhas. Não sei não julgar. Tento, mas julgo o tempo todo. Na verdade, acho que todo mundo julga, especialmente, os outros.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Plateia

A palavra que mais me define atualmente é sentimento. Pareço uma esponja. Apesar da minha aparente indiferença, da minha timidez, tenho absorvido tudo. Dor, alegria, tristeza, solidão, desejo, amor, paz, serenidade, confusão, extase, amizade. Tenho me reaproximado da arte e isso é como sair de um sono profundo e abrir os olhos. Sair da vida obscura. Juro que seria mais fácil não questionar tanto, não ser tão desassossegada. Seria tão mais simples, mas não seria o que eu sou desde sempre. Estou em uma fase transformadora, em todos os sentidos. Todos mesmo. Acho que são os quase 30.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aristóteles e a Internet

Há um bom tempo noto que meu uso da Internet não é dos melhores. Perco tempo lendo bobagens, no Twitter, em Orkut, no You Tube. Há poucos minutos quase eliminei meu perfil de seis anos do Orkut, mas como tenho amigos de tantos lugares do Brasil, em respeito a eles decidi deixar lá e eu sim, vou tomar vergonha na cara e usar melhor a Internet.

Eu já vinha pensando nisso há um bom tempo, tenho percebido que tenho dormido menos, tenho vivido demais no mundo virtual, essa coisa de acordar e ter que conferir o e-mail, as mensagens no Twitter, e assim, esquecido da minha vida de carne e osso.

Estou fazendo um curso de roteiro para séries de TV e a série que estamos desenvolvendo é extremamente complexa, sobre a imortalidade. Através desse tema, tenho pensado demais nas possibilidades da vida, da morte, de como tudo é fugaz e rápido. E nessa rapidez, quando vemos, navegamos, navegamos pelos mares da rede, sem filtro, sem noção.

E para complementar, a capa e as matérias principais da Época dessa semana (31 de maio, Nº 628), fala exatamente no uso ou abandono de redes sociais tais como Facebook, Twitter, Orkut. No Facebook eu tinha uma dificuldade danada de entender aquele bicho, aí decidi sair, até mesmo antes da debandada em massa prometida para o dia 31/05. O Linkedin é bacana por ser um portal profissional. O Twitter eu tenho que aprender a me controlar e ser menos chata, mas curto pela quantidade de links e informações transmitidas. Já o Orkut, cada vez mais vejo o quanto ele só serve para encontrar pessoas que você não vê há tempos. Ainda mais agora, que me mudei para São Paulo. São amigos, conhecidos, parentes em tudo quanto é canto. Mas, confesso que tenho me irritado um pouco. Decidi não apagar mais os recados, assim não tenho que ficar abrindo todo instante para apagar. Deixa lá, vou tentar abrir rapidamente, ver os recados e sair. Nada de vasculhar a vida das pessoas, fotinhos, etc...

Tenho que fazer mais coisas reais, como ler, ver filmes, ir ao cinema, ir ao teatro, fazer aulas de música, escrever, me entregar mais a mim, mas de forma bacana, de aprendizado. Estou me desconstruindo e me reconstruindo. Essa mudança para São Paulo me fez rever muita coisa em mim. Não sei exatamente o que quero, só tenho certeza daquilo que não quero. Quer dizer, nem tanta certeza assim...

Esses pequenos momentos de crise são fantásticos, doloridos e tristes em alguns momentos, mas extremamente necessários para a emersão, para se descobrir, para renascer. Ando numa fase em que sinto isso, um profundo renascimento. Ando meio Clarice Lispector, sentindo, sentindo, observando, olhando pra dentro de mim, acima de tudo. Não está sendo fácil, mas afinal de contas, o que é fácil nessa vida???

Último parágrafo da matéria na Época - 31/05 - Nº628 - Paulo Nogueira

"Os próprios internautas vão fazendo seus ajustes, sem grande alarde. Algumas pessoas tomam a decisão extrema de abandonar redes sociais como o Facebook e o Twitter, mas os números sugerem que a decisão mais comum tem sido administrar melhor o tempo. Aristóteles disse que a virtude está no meio: nem avarento e nem pródigo, nem manso e nem colérico, nem eufórico e nem apático. A internet, se usada aristotelicamente, sem excesso, mas também sem carência, haverá ela mesma de enterrar os fantasmas e aparecerá com mais clareza como o que realmente é: um passo gigantesco na história da humanidade."

sexta-feira, 28 de maio de 2010

sem nome

Cerca de 20 minutos me afastam dele.
Cerca de apenas alguns quarteirões.
São apenas algumas colinas pelas ruas escuras.
A Cardeal parece mais sombria à noite.
Desço a Fradique, mas queria ir para outro sentido.

domingo, 4 de abril de 2010

Hoje estréia: Culture-se!!!


Sobre o Culture-se.com

Texto: Paulo Henrique de Moura
Logo: Carlos Machado

O que é cultura para você? Difícil responder? Pense um pouquinho... Cultura popular, cultura elitista; Porque Caetano Veloso é considerado cultura e o Bonde do Tigrão não é. Difícil responder. Pois é. Você já parou para pensar em quem foi a pessoa que denominou o que é cultura e o que não é? Questão de gosto? Talvez. Mas o que é o bom gosto e o que é o mal gosto?

Para debater o tema Cultura, surge o Culture-se, ou melhor, www.culture-se.com O site conta com 15 colaboradores que escrevem sobre Moda, Música, Fotografia, Artes, Literatura, Teatro, Dança, Cinema, TV, Viagens e Gastronomia. Idealizado pelo jornalista Paulo Henrique de Moura, o Culture-se buscará suprir a necessidade de leitores ávidos por informação cultural.

Quando se fala em cultura, fala-se também em raízes, em história de um povo, em conceitos antropológicos que não são passíveis de discussão. Uns gostam de MPB, outros de axé, funk, sertanejo e demais ritmos. Tem gente que admira a obra de Di Cavalcanti e Portinari, outros se sentem agredidos pela loucura dos parangolés de Hélio Oiticica.

O Cinema Novo foi realmente novo? Porque a Maria gosta do cinema nacional e o João do cinema americano ou ainda: o Pedro gosta do cinema europeu e ai de quem falar mal da Nouvelle Vague. Porque fulano prefere Herchcovitch a Jum Nakao?

Espantado com a última pergunta? Moda também é cultura e é um segmento que movimenta bilhões por ano. Cultura está diretamente ligada a liberdade. Liberdade de expressão, de criação, e muitas vezes, a falta dela aguça ainda mais a criatividade do artista. Um exemplo de riqueza de produção cultural foi o período de ditadura militar (1964-1985). A música de protesto do Opinião de Nara, João do Vale e Zé Queti, seguidos de Bethânia e mais tarde do Tropicalismo de Tom Zé, Caetano, Gil, Gal e os Mutantes.

É verdade que os tempos são outros e que a riqueza cultural de um país não se perde com o passar dos anos. Digo que são feitas reinvenções de padrões e costumes. A música que era popular nos anos 50 e 60 era a bossa e o rock, hoje são o sertanejo, o pagode e a música eletrônica. O padrão de qualidade caiu? Talvez. Mas o que é indiscutível, é que estes ritmos também são formas de expressão musical e consequentemente cultural.

Tomei os estilos musicais como fio condutor deste texto sobre o que é cultura porque considero a música a expressão cultural mais popular entre os povos. É apenas uma forma de instigar a discussão e ouvir as respostas sobre a pergunta do início deste texto. O intuito do Culture-se.com é utilizar este espaço para que você leitor fique por dentro de tudo o que acontece no cenário cultural.

Culture-se. Liberte-se. Você pode tudo!


Mais Informações:

Paulo Henrique de Moura
paulohmoura@culture-se.com

quinta-feira, 25 de março de 2010

Esquadros - Adriana Calcanhotto

"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve..."

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lançamento do curta-metragem “semivida”, dia 25/03, em Itajaí


RELISE DE DIVULGAÇÃO

O curta-metragem “semivida.”, do diretor Diego Lara, será lançado nesta quinta-feira, dia 25 de março, a partir das 20h30, no auditório do Porto de Itajaí, em duas sessões com entrada gratuita. O filme é o primeiro trabalho da Tac Produções, de Itajaí, na área de ficção. O projeto é apoiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, com patrocínio do Porto de Itajaí.


O curta-metragem tem de cerca de 15 minutos de duração, e foi gravado em agosto de 2009, em locações em Itajaí e Navegantes. De acordo com o diretor, “semivida.” mostra o fim de uma relação sob uma ótica fantástica. Passeando em uma rua deserta, o casal Sandro e Mara caminha para o fim – de suas vidas e do relacionamento.


Sandro é um roteirista de documentários. Mara é escritora de pequenos romances e contos. Eles dividem uma vida, sonhos, anseios e planejam um futuro brilhante. Tudo parece normal, até que um deles confessa que o outro não passa de um mero personagem em um roteiro esquecido. Os personagens principais são interpretados pelos atores Daniel Costa de Souza e Bruna Machado


Perdido entre a realidade e a ficção, “semivida.” passeia entre o amor e a perda de forma suave, brilhante e simples. Com um roteiro contundente de Diego Lara, utilizando os antigos modelos de amor e paixão, estes personagens são o reflexo de uma sociedade onde cada vez mais o isolamento e a solidão moldam as pessoas.



Mais informações:

www.tac.art.br

(47) 3249 0931



quarta-feira, 17 de março de 2010

Exposição fotográfica Cidade Geometria - Blumenau em Linhas e Ângulos abre dia 30 de março, na Furb

Quanto orgulho da Mari, minha querida amiga e colega de Antenado, programa que fazíamos na TV Univali. Ela é a sensibilidade em pessoa. Uma Amélie Poulain. Gentil, doce, inteligente, sensível e tem um coração que não cabe dentro de si. Parabéns pela exposição!

Abaixo, o relise com mais informações.

Bjos
Simone

A exposição Cidade Geometria - Blumenau em Linhas e Ângulos abre dia 30 de março, terça-feira, às 20h, na Biblioteca Universitária da Furb, em Blumenau. As fotografias, de autoria de Mariana Furlan, exploram a arquitetura de construções blumenauenses. Cidade Geometria apresenta quatro pontos icônicos - Teatro Carlos Gomes, Catedral São Paulo Apóstolo, Ponte dos Arcos e Ponte de Ferro - e explora ângulos inusitados e diversos às imagens normalmente exploradas destes locais.

A proposta resultou em uma experiência estética, com fotografias marcadamente geométricas e até abstratas, que oferecem pontos de vista novos e por vezes intrigantes aos espectadores. As fotos captam detalhes, sombras esquecidas, formas escondidas, cantos e quinas. E a partir das mesmas linhas das edificações, novas imagens foram "construídas". As 25 fotos da exposição são em preto e branco, ressaltando a força da forma e da luz.

Para compor as imagens, a autora usou a estética inspirada no Construtivismo, surgido no começo do século 20. O movimento artístico que teve grande força na Rússia trouxe à fotografia a valorização do que é concreto, da arquitetura, da geometria e abriu espaço ao abstracionismo.

A cerimônia de abertura terá a presença da paisagista e designer Ana Holzer, que comentará a sua perspectiva sobre o trabalho. As fotografias permanecem expostas à visitação na Furb até 10 de abril, e depois seguem para outros pontos em Blumenau.

Cidade Geometria - Blumenau em Linhas e Ângulos é um projeto subsidiado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau, aprovado em 2009.

Sobre a autora

Mariana Furlan é formada em Jornalismo, pela Univali, e pós-graduada em Fotografia, pela mesma universidade. Atualmente, trabalha como editora no Jornal de Santa Catarina, em Blumenau. Esta é a primeira exposição da aspirante a fotógrafa.

Serviço

Cidade Geometria - Blumenau em Linhas e Ângulos
Exposição fotográfica de Mariana Furlan
Abertura: 30 de março de 2010, às 20h
No Salão Angelim da Biblioteca Universitária da Furb (Campus 1), Blumenau
Visitação: 31 de março a 10 de abril

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A guria lá...

Ela precisa de palco, ela definitivamente precisa de palco.
É estranha, é asquerosa, se acha a bolachinha recheada que ficou trancada no fundo do pacote. Tem um sorriso ridículo que expõe as gengivas. Finge ser humilde pra tampar sua ignorância e o medo que descubram sua total decadência.
É inútil, não faz falta. Só quero distância dela e do maldito espelho.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Teatro e lançamento de livros - Sesc Itajaí

SESC - CULTURA

ENTER 2010
LOCAL: TEATRO MUNICIPAL DE ITAJAÍ
ENTRADA FRANCA

11/02 – Quinta-feira
Espetáculo: FLASHES DA VIDA
Horário: 20h30

Sinopse: “Flashes da Vida”, como o nome sugere, retrata fragmentos cotidianos, em sete pequenas histórias: “A Tacada Perfeita”, “Caçador de Sonhos”, “Chiclete”, “A Hora da Decisão”, “Em Apuros”, “Máquina Mortífera” e “Taradinha”.

Como reagir frente a uma porta trancada, a um carro enguiçado ou a um chiclete grudento? Quem nunca culpou o juiz pela derrota de seu time? Espetáculo solo e sem texto que usa a mímica de forma extremamente cômica para mostrar situações comuns. Alguns adereços, onomatopéias e exíguo cenário auxiliam as cenas deste trabalho embasado na ação física, no equilíbrio-desequilibrado do clown, no improviso do jogo cênico e na relação com a plateia.

Propõe um trabalho que dá espaço à imaginação e à subjetividade, elevando o público da posição passiva de receptor, para a posição ativa de co-autor do espetáculo.
Quadros Encenados

A Tacada Perfeita - Um experiente jogador de golfe se prepara. Vento favorável, postura, concentração, equilíbrio e lá vai ela (a bola)!

Caçador de Sonhos - Um menino que, caçando passarinhos, descobre o valor da liberdade e da vida.

Chiclete - Um paquerador “chicletão” e sua goma de mascar.

A Hora da Decisão - Estádio lotado. Torcida vibrando. Jogadores a postos. O juiz apita… e começa o espetáculo!

Em apuros - Uma cólica: a porta fechada! Outra cólica: uma janela! A porta ou a janela: eis a questão!

Máquina Mortífera - Homem X Máquina. As peripécias de um motorista e seu “potente” carro.

Taradinha - Um buquê de flores e a melhor gravata! Ele bate à porta. Ela o espera para um encontro inesquecível, cheio de fortes emoções!!

LANÇAMENTO DE LIVROS


Lançamento de O Calafate Míope (Cristiano Moreira)

Lançamento de “As certezas e as palavras” (Carlos Henrique Schroeder)

Lançamento de “As Cegas” (Escritores de Itajaí) – Distribuição gratuita

Lançamento de “Livro de Pequenas Cousas” ( Escritores de Itajaí ) – Distribuição gratuita

Data: 11/02 – quinta-feira Horário: 19h – 20h30

______________________________________

Marcelo Morais
Setor de Cultura
SESC-Itajaí-SC
Fone: (47)3349-4096
http://twitter.com/mar
celoproducao

sábado, 6 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Soneto 11 - Luis Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ela...

Não sei o que acontece, mas é só eu olhar e aqueles olhos doces e meigos me seguem. Não importa a cidade, o lugar, eles estão ali e sabem que eu não resisto.

Hoje aconteceu de novo. Estava eu, esperando na porta do dentista, que estava atrasado. Eu e outro menino. Conversávamos sobre a diferença entre o aparelho ortodôntico fixo e o móvel. Usei os dois e odiei os dois, mas odiei ainda mais o móvel. E ela ali, perambulando, com uma patinha manca e um andar esguio. Suas tetinhas meio caídas denunciavam que a amamentação e alguns filhotes se fizeram presentes em seu passado recente. Por pouco ela não foi atropelada. Primeiro por uma moto, depois por um carro. Meu sangue gelou. Não posso ver isso. Não posso com isso.

Uma mulher gorda e asquerosa pintava os detalhes em branco de uma calçada vertical com traços alvinegros. Quando ela se aproximou a mulher gritou e com o cabo do rolo de tinta ameaçou acertar um golpe na pobre cadelinha preta. Eu estava ao longe, observando, indignada com a forma que as pessoas tratavam o pobre animal. Mas, nada fiz. Fiquei ali, apenas olhando. Patética.

Não sei quanto tempo se passou, talvez uns 15 minutos, sei que ainda esperava o dentista, quando eu e o garoto, sentados no meio fio da calçada, fomos surpreendidos por uma presença logo atrás de mim. Há menos de um metro lá estava ela, ao meu lado. Eu só conversei qualquer coisa nessa língua que nós mulheres geralmente insistimos em falar com bebês, cães, gatos, etc... pra ela começar a balançar o rabo. Fiz carinho nela, que logo se deitou sobre a minha bolsa. Tão doce, tão meiga. Me perguntei sobre todas as maldades pelas quais aquela pobre cadelinha havia passado. Fome, sede, dor, maus tratos...

Um casal e a filhinha deles, de uns cinco anos, se aproximaram. Também aguardavam o dentista. Nisso um homem de moto avisou que ele havia recebido uma mensagem que transferia o horário da consulta. O casal desistiu de esperar e nisso a menina quis passar a mão na cadelinha. A mãe imediatamente repreendeu e disse que ela não deveria passar a mão num bicho de rua. O homem perguntou se a cadela era minha, eu disse que não e perguntei se ele não queria adotá-la. Ele nem teve tempo de responder, a mulher imediatamente assumiu sua fala e disse que não. Deu pra notar que ela odeia bichos. Sorte da cadelinha, pior que viver nas ruas é estar preso no pátio de alguém que não tem amor aos animais. E eu me pergunto por que algumas destas pessoas, que odeiam os bichos, insistem em tê-los? Pelo menos a mulher não quis, menos mal.

Sei que alguns minutos depois fui eu que fiquei com o coração na mão. Levantei para ir embora, quando após quase uma hora de espera finalmente percebi que o dentista não viria. Ela levantou também e começou a chorar quando eu me aproximei do Fusquinha. Era como se pedisse para eu ficar ali com ela. Me deu vontade de colocá-la no carro e trazê-la para casa, mas aí me lembrei que já fiz isso tantas vezes, tantas que o resultado são sete cães. Meu pai certamente teria um ataque estérico, minha mãe um colapso nervoso. E sim, eu havia prometido que não faria mais isso. Quebrei o juramento. Botei ela dentro do Fusca. Era como se aquele ato fosse algo mágico e que aquela pobre cadelinha teria um destino maravilhoso porque eu havia salvado ela das ruas. Meu intuito era levá-la para o veterinário, mas passei em casa antes para dar um prato de ração e água. Ela pouco comeu. Constatei que alguém tinha dado comida. Ela estava magra, mas nem tanto.

Meu pai viu a movimentação. Meus cães ficaram enlouquecidos. Ela estava no banco do carona e assustada. Tadinha. Nisso encontrei minha mãe que vinha da padaria. Não sabia o que fazer, ficou apavorada, disse o de sempre, que não havia condições, pois já eram sete. Eu levei para minha tia, na esperança que ela cuidasse da cadela até amanhã. Ela disse que não poderia. E uma dúvida me assombrava. Apertei uma de suas tetinhas. Ainda havia leite. Eu achei que ela não estava mais amamentando. Pra mim a cria já tinha crescido, mas quando vi o leite pensei que havia feito uma grande bobagem.

Provavelmente a cadelinha tinha abandonado os filhotes para conseguir comida e eu precisava levá-la ao encontro deles, mas aonde? Se no local onde eu estava ela não tinha filhote algum? Lembrei de um boteco onde sempre têm cachorros e gordinhos. Junto com os cães, homens simples, quase todos vítimas da dependência do álcool, formam uma mistura de coisas que a maioria da sociedade finge não existir. Ao contrário da mulher que pintava a calçada e da mãe da menina que não podia passar a mão na cadelinha, eles ao avistarem a dócil Laika a chamaram pelo nome. Ela no mesmo instante murchou a orelha e abanou o ramo indo em direção ao homem que gentilmente disse que eles davam comida e que os filhotes estavam em uma casa, próximo à praia. Eu entrei no Fusca, eles se comprometeram a levá-la ao encontro dos filhotes. Me senti estranha. Tentei fazer algo bom, mas por sorte voltei para deixá-la onde ela deveria ficar. Pretendo ajudar a doar os cães e a achar um lar para ela, conseguir uma castração, etc... A Laika, assim como milhares de cães, gatos, animais e pessoas merecem uma vida digna. Queria que o mundo não fosse tão injusto e tão feio. Queria que os animais não precisassem passar por isso. Queria que as pessoas não fossem tão más e tão fúteis.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ausência

Olá amigos!

Peço desculpas pelo grande período de ausência e posts apenas sobre eventos culturais. Acho que não tinha nada mais interessante para falar ou pelo menos, precisava colocar os parafusos em dia.

Muita coisa tem rolado na minha vida, comecei um trabalho e agora, há alguns dias, recebi uma proposta de outra oportunidade que parece ser muito bacana. Em breve falo mais sobre isso.

Quanto a minha vida, parece que entrei num liquidificador. Tenho estado tão cansada, tão cheia de coisas para terminar e enroladas que não sei bem como descrever. Mas, estou me organizando. Parece que aos poucos tudo tem entrado nos trilhos.

Deixei de morar com meu companheiro de quase cinco anos e isso foi bastante dolorido, ainda mais porque partiu de mim esta escolha. Não sei se fiz o certo, pois ainda gosto muito dele, mas nossas vidas já não estavam no mesmo curso. Ele é uma das pessoas que mais amo no mundo, pra sempre vou guardar o carinho e a amizade, mas enfim, acho que nossa história seguiu por outros caminhos. Eu tenho sonhado com tanta coisa, tenho tentado resgatar meus reais sonhos para não me arrepender no futuro. Tenho tentado pensar acima de tudo em mim. No que eu quero, exclusivamente. Estou dando este tempo para mim.

Enfim, estou cansada e com sono. Outro dia volto aqui. Peço desculpas pela ausência. Bjos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MOSTRA DE CINEMA FRANCÊS

Período: 03 – 10/11/2009

Local: NEFA – Núcleo Experimental de Formas Animadas

Horário: 20h

Sinopse:

O cinema francês percorre o Brasil

Como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, o SESC e a Embaixada francesa realizam, em parceria, a Mostra do Cinema Francês Contemporâneo. Oito filmes franceses, produzidos entre 2000 e 2007 vão itinerar por 231 Centros de Atividades do SESC em todo o país. O objetivo da mostra é proporcionar o acesso a essas obras e o diálogo entre artistas, intelectuais e o público em geral. Para o SESC, promover a Mostra significa levar ao público brasileiro questões da contemporaneidade francesa, como mais um caminho para a compreensão das nacionalidades. Desta forma, o cinema, mídia que faz parte da programação da entidade desde os anos 1970, cumpre sua missão educativa.



PROGRAMAÇÃO:

3 de novembro (terça-feira):
20h – Povoado number one (Bled Number One, 2006), de Rabah Ameur Zaïmeche, drama, duração 100’.

4 de novembro (quarta-feira):
20h – O Último dos Loucos (Le dernier des fous, 2006), de Laurent Achard, drama, duração 96’.

5 de novembro (quinta-feira):
20h – A Esquiva (L'esquive, 2003), de Abdellatif Kechiche, comédia dramática, 117’.

6 de novembro (sexta-feira):
20h – Assassinas (Meurtrières, 2005), de Patrice Grandperret, drama, 97’.

7 de novembro (sábado):
20h – A França (La France, 2007), de Serze Bozon, drama, duração 102’.

8 de novembro (domingo):
20h – Até já (A tout de suíte, 2004), de Benoit Jacquot, drama, duração 95’.

9 de novembro (segunda-feira):
20h – Tudo Perdoado (Tout est pardonné, 2007), de Mia Hansen-Løve, drama, duração 95’.

10 de novembro (terça-feira):
20h – De volta à Normandia (Retour en Normandie, 2006), de Nicolas Philibert, documentário, duração 113’.

Mais informações:
Setor de Cultura
SESC-Itajaí-SC
Fone: (47)3349-4096 / 9946-3388

domingo, 11 de outubro de 2009

Conferência Livre de Comunicação na Univali

Prezados colegas jornalistas:

no dia 15 de outubro – uma quinta-feira – a partir das 19h, vamos realizar Conferência Livre de Comunicação na Univali. Participarão acadêmicos de Jornalismo, RP e PP, mas também contamos com a presença de nossos egressos.

A Conferência Livre de Comunicação faz parte dos preparativos para a Conferência Nacional de Comunicação, programada para Brasília, em dezembro.

Tudo que tirarmos das discussões locais será encaminhado à Confecom. Quem não está satisfeito com o oligopólio da mídia, tem agora a oportunidade de se manifestar e de fazer sua parte para tentar democratizar o modelo de comunicação no Brasil.

Espero vocês !

Janete Jane Cardozo da Silveira - Coordenadora do curso de jornalismo da Univali

Local: auditório do bloco 16 (Direito)

Hora: 19h

Dia: 15/10 – quinta-feira

Itajaí recebe o Dia Internacional da Animação

Dia 28 de outubro é o Dia Internacional da Animação.

Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais.

Em 28 de outubro de 1892 Émile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi à primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) do mundo. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o Dia Internacional da Animação, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em Itajaí, o DIA acontecerá na Biblioteca Central Comunitária da Univali, às 19h30. A Mostra Infantil acontecerá no mesmo local às 16 horas. O evento tem o apoio da Universidade do Vale do Itajaí através da Biblioteca Central Comunitária e da Visual Company. A entrada é gratuita.

A edição brasileira do Dia Internacional da Animação é realizada pela Associação Brasileira do Cinema de Animação - ABCA (www.abca.org.br). A ABCA acredita no desenvolvimento de uma nova economia forte e estável com a atividade da animação brasileira em escala industrial a exemplo do que ocorre no mercado internacional, que movimenta milhares de empregos diretos e indiretos. Todo tipo de ação institucional que valorize esta mobilização é fundamental para a adequação do cenário brasileiro para esta concretização. Cinco focos básicos regem a instituição - pesquisa, fomento, formação profissional, difusão e distribuição. Hoje a ABCA conta com aproximadamente 290 associados em todas as regiões do país, está em sua quarta gestão e se mobiliza em todo Brasil para realização deste evento que conta com a participação de associados, animadores e interessados na área.

O evento que tem entrada franca e é sem fins lucrativos, vai para a sua sexta edição, conquistando, a cada ano, maior visibilidade e parceiros em diversos municípios brasileiros. A mostra oficial de curtas-metragens de animação é realizada no dia 28 de outubro às 19h30 simultaneamente em todas as cidades participantes. Na primeira edição em 2004 o evento foi realizado em São Paulo, já no segundo ano do evento em cinco capitais brasileiras, em 2006 em 19 cidades, em 2007 em 50 cidades, já em 2008 o evento alcançou 150 cidades contando com a participação de todos os 26 estados brasileiros e distrito federal sendo o maior evento simultâneo do gênero a ser realizado no Brasil: veja fotos e a programação de todos os anos no site www.diadanimacao.com.br. A mostra oficial de curtas-metragens brasileiros também é enviada para os 51 países da ASIFA fazendo parte da programação do evento no mundo. Em 2009 o evento acontecerá em mais de 300 cidades brasileiras.

A organização do evento contará novamente com o apoio na divulgação da Globo Filmes, TV Rá-Tim-Bum, TV Brasil, TV Cultura, Canal Futura, Espaço Z, Rain, Movie Mobz, Sesc TV, MTV, HSBC Belas Artes, Cinemateca Brasileira, Cine Brasil TV, o apoio do CTAV – Centro Técnico do Audiovisual do Conselho Nacional de Cineclubes, Fórum dos Festivais. Patrocínio do Fundo Nacional de Cultura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e da Petrobrás através do Programa Petrobrás Cultural com incentivo da Lei Rouanet, no Estado de São Paulo o DIA tem o patrocínio do ProAC 08 – Concurso de Apoio a Projetos de Festivais de Arte do Estado de São Paulo, e com a parceria da ASIFA para que a mostra brasileira também esteja presente na comemoração de diversos países no mundo.

Para mais fotos em alta resolução dos filmes acesse o link abaixo:

http://www.abca.org.br/dia/index.php?option=com_content&view=article&id=791&Itemid=376

CONTATOS:

Paulo Henrique de Moura

Coordenador do Dia Internacional da Animação em Itajaí

Jornalista - DRT SC 03432 JP

Telefone: (47) 9605 1426

Email: paulohmoura@gmail.com


Luciana Druzina

Diretora de Eventos ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação

Coordenadora Nacional do D.I.A. - Dia Internacional da Animação

55 51 84119771 / 21 81856951 / 11 84005177

55 51 92924002

super8prod@yahoo.com.br

www.abca.org.br

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Câmara adia votação da PEC do diploma na CCJ para o dia 20/10

Da Redação Comunique-se

A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09, prevista para esta quarta-feira (07/10), foi adiada. O texto, que exige o diploma de jornalismo para o exercício da profissão, seria analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). A proposta, de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT/RS), só poderá ser avaliada daqui a duas semanas (20/10).

A deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que preside a Frente Parlamentar em defesa do diploma de jornalismo, explicou que a votação foi adiada pela viagem do relator da PEC, o deputado Maurício Rands (PT-PE), que foi enviado a Honduras. “Por causa da viagem, a audiência pública proposta pelo Maurício Quintela foi aprovada, o que adiou a votação por mais duas semanas”, contou.

Rebecca disse que Maurício Rands confirmou a votação para o dia 20/10. O requerimento de audiência pública, proposta pelo deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL), deveria ter sido retirado para que a votação acontecesse nesta quarta-feira, mas diante da viagem do relator e de convites previamente enviados, a reunião permanece na pauta. A audiência deverá ser realizada no dia 15/10.

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