Um canudo na mão, cinco anos de faculdade (era para ter sido quatro e meio, mas como fiz menos cadeiras, foi prorrogado o prazo...), e um belo dia eu acordo com 27 anos e meio, desempregada e sem saber que rumo tomar na vida...
Não achei que demoraria tanto tempo sem encontrar um trabalho. Lá se vai o quarto mês quase completo e nada ainda... Eu não queria apenas arranjar qualquer coisa pra ganhar dinheiro. Quero ganhar dinheiro e viver honestamente do meu esforço, mas acima de tudo quero um trabalho, não emprego. Quero algo que me motive, que eu me sinta produtiva e interessada e feliz.
Neste meio tempo surgiram algumas oportunidades, mas todas, digamos que, não muito interessantes. Desde a coisa: "você é uma otária que vai aceitar qualquer coisa" até gente sem noção que não entende absolutamente nada de comunicação e igualmente acha que você definitivamente é uma otária. Deve estar escrito na minha testa. Eu tenho uma grande dificuldade de dizer não ao que não gosto, especialmente para estranhos, ou conhecidos não muito próximos. Eu tenho uma dificuldade incrível em dizer: "muito obrigada, mas para mim não é interessante!". Deveria dizer na cara, na hora. Isso me pouparia muitos aborrecimentos que depois se tornam cada vez maiores. Nem sei porque ajo assim. De certa forma tenho medo em ofender as pessoas, em rejeitar.
Em comunicação é impressionante o número de coisas incrivelmente charlatãns que existem. Há pessoas que acham que escrever, fazer um jornal, revista, tv é apenas interesse, grana, uma forma de lucrar e se dar bem. Isso me irrita profundamente. Nestes cinco anos e pouco de jornalismo já vi de tudo. Desde uma matéria especializada realizada sem nenhuma entrevista, apenas reaproveitada de outra matéria impressa, gente que assina relise de outro na íntegra, até professor que ao marcar uma pauta reforçava que uma parceria com o Futura significava uma entrevista para a TV Globo. Enfim... cada um que eu vou te contar.
Ser jornalista é um festival, como todas as profissões tem gente boa e gente ruim, queria tentar ser boa, ou pelo menos esforçada. Meus grandes modelos vem da TV. Eu admiro especialmente a Neide Duarte, brinco que quero ser ela quando crescer. Pra mim é o melhor expoente do que é ser jornalista e uma das boas. Mas, gosto de muita gente... O Marcelo Canellas é outro cara que admiro muito. Em 2007 assisti uma palestra com ele na minha universidade que valeu pelos meus anos todos de graduação. Tem Caco Barcelos, Rodrigo Vianna, Carlos Dorneles, Marcelo Tas, Ernesto Paglia e tanta gente que eu vejo e gosto do trabalho e admiro e acredito que tem uma preocupação ética e sabem o papel social que um microfone, uma câmera ou uma caneta dão a este ofício.
Acho que ser jornalista, assim como ser documentarista é acima de tudo alguém que sabe e gosta de ouvir. Acredito que para narrar boas histórias é preciso ter interesse em ouvir o que o outro tem a dizer e não já ter idéias pré-concebidas do que será dito ou feito. A reportagem e o documentário são feitos nas ruas. Acho que não poderia fazer outra coisa que não relacionada ao hábito de observar as pessoas, os animais e as coisas.
Não achei que demoraria tanto tempo sem encontrar um trabalho. Lá se vai o quarto mês quase completo e nada ainda... Eu não queria apenas arranjar qualquer coisa pra ganhar dinheiro. Quero ganhar dinheiro e viver honestamente do meu esforço, mas acima de tudo quero um trabalho, não emprego. Quero algo que me motive, que eu me sinta produtiva e interessada e feliz.
Neste meio tempo surgiram algumas oportunidades, mas todas, digamos que, não muito interessantes. Desde a coisa: "você é uma otária que vai aceitar qualquer coisa" até gente sem noção que não entende absolutamente nada de comunicação e igualmente acha que você definitivamente é uma otária. Deve estar escrito na minha testa. Eu tenho uma grande dificuldade de dizer não ao que não gosto, especialmente para estranhos, ou conhecidos não muito próximos. Eu tenho uma dificuldade incrível em dizer: "muito obrigada, mas para mim não é interessante!". Deveria dizer na cara, na hora. Isso me pouparia muitos aborrecimentos que depois se tornam cada vez maiores. Nem sei porque ajo assim. De certa forma tenho medo em ofender as pessoas, em rejeitar.
Em comunicação é impressionante o número de coisas incrivelmente charlatãns que existem. Há pessoas que acham que escrever, fazer um jornal, revista, tv é apenas interesse, grana, uma forma de lucrar e se dar bem. Isso me irrita profundamente. Nestes cinco anos e pouco de jornalismo já vi de tudo. Desde uma matéria especializada realizada sem nenhuma entrevista, apenas reaproveitada de outra matéria impressa, gente que assina relise de outro na íntegra, até professor que ao marcar uma pauta reforçava que uma parceria com o Futura significava uma entrevista para a TV Globo. Enfim... cada um que eu vou te contar.
Ser jornalista é um festival, como todas as profissões tem gente boa e gente ruim, queria tentar ser boa, ou pelo menos esforçada. Meus grandes modelos vem da TV. Eu admiro especialmente a Neide Duarte, brinco que quero ser ela quando crescer. Pra mim é o melhor expoente do que é ser jornalista e uma das boas. Mas, gosto de muita gente... O Marcelo Canellas é outro cara que admiro muito. Em 2007 assisti uma palestra com ele na minha universidade que valeu pelos meus anos todos de graduação. Tem Caco Barcelos, Rodrigo Vianna, Carlos Dorneles, Marcelo Tas, Ernesto Paglia e tanta gente que eu vejo e gosto do trabalho e admiro e acredito que tem uma preocupação ética e sabem o papel social que um microfone, uma câmera ou uma caneta dão a este ofício.
Acho que ser jornalista, assim como ser documentarista é acima de tudo alguém que sabe e gosta de ouvir. Acredito que para narrar boas histórias é preciso ter interesse em ouvir o que o outro tem a dizer e não já ter idéias pré-concebidas do que será dito ou feito. A reportagem e o documentário são feitos nas ruas. Acho que não poderia fazer outra coisa que não relacionada ao hábito de observar as pessoas, os animais e as coisas.
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