terça-feira, 15 de setembro de 2009

A estranha

No meio da multidão, ela é só mais um.
Sentada no ônibus, parada na esquina, lendo um livro com seu óculos fundo de garrafa.
Não é bonita e não se faz bonita.
Sonha acordada em devaneios submersos.
É simpática e educada.
Ri alto, mas ainda assim, passa despercebida.
A tranquilidade é apenas superficial.
Há uma explosão de sentimentos ali dentro.
Uma vida calma que parece desmoronar.
A dúvida entre qual caminho seguir.
Os desejos, o futuro, a incerteza.
Nada é fixo. E não existe pra sempre.
É apenas uma história e ela não sabe que é um personagem.

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