sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O guri de mochila
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Sem inspiração pra muita coisa
Já é terça-feira, mas como não dormi e estou com toda a referência da segunda, pra mim ainda é dia 25 de outubro. Na terça, 26, é aniversário da minha mãe, mas só sinto que a data vai ser real depois que acordar e ligar pra ela logo depois. Sinto falta de casa, dos meus pais, do meu irmão, dos meus cachorros. Sinto falta de algumas pessoas, mas em geral, basicamente só deles.
Essa segunda foi um dia estranho, difícil. Pra terminar definitivamente, tomei um baita banho de chuva e cheguei ensopada em casa. Aquele dia maldito em que tudo dá errado. Mas, enfim... segue-se.
Ando trabalhando demais, mas estou feliz por estar envolvida com arte, a coisa que mais curto. Ando pensando nas coisas que deixei pra trás e em como, às vezes, é bom deixar tantas coisas pra trás. Pessoas, sentimentos, objetos, roupas. Como é estranho seguir e deixar coisas que tiveram grande importância em nossas vidas, mas que sei lá porque, não tem mais sentido e a menor relação. Sabe quando você olha para trás e parece que estava sonhando? Que aquela vida não era a sua, a sua vida real?
Às vezes me acho extremamente insensível por não sentir falta de muitas pessoas, de amigos, de pessoas importantes que passaram por minha vida. Sinto saudades, mas ao mesmo tempo, se nunca mais encontrá-las, será indiferente. Minha vida segue. Não sei se é um ultra egoísmo, uma autoproteção ou porque aprendi a não esperar muito dos outros. Acho que vivo as coisas intensamente quando elas acontecem, depois, sei lá, parece que perde o sentido e o interesse.
É estranho quando você de repente se pega pensando em como amou profundamente uma pessoa que hoje é tão estranha para você. Assuntos banais, uma vida sem cor e a sensação de que você sabia que queria mais e que a vida pode oferecer mais. Engraçado como os discursos mudam, como as pessoas se acomodam, como as pessoas se contentam com pouco, com uma vidinha programada, sem riscos, sem graça. Engraçado como a gente se acomoda. Como a gente às vezes busca o caminho mais curto e tantas vezes bizarro. Como a gente tem medo de ficar sozinho.
Tenho prestado cada vez mais atenção e infelizmente percebo que ainda hoje, com a total liberdade que existe, no fundo, no fundo, grande parte dos relacionamentos só existem porque as pessoas morrem de medo de ficarem sozinhas. Eu também tenho medo disso, mas ao mesmo tempo, morro de medo de me acomodar, de deixar de sentir, de ficar com alguém para não ficar sozinha. Assim como tenho medo de não me envolver de verdade com ninguém por medo também. Ou pior, de fingir se envolver, o que é mais comum. Nesse mundo de faz de conta, ter alguém é quase um troféu.
Sou tão tranquila, mas dentro de mim meus sentimentos me pulsionam, me questionam todo o tempo. Só que será que a vidinha tranquila não é melhor? Será que a vida tem que ser uma montanha russa pra fazer sentido?
Metade de mim vê o mundo de forma serena, com pássaros e flores. Outra metade tem vontade de jogar os pensamentos e as palavras mais ácidas nas situações mais estranhas. Não sei não julgar. Tento, mas julgo o tempo todo. Na verdade, acho que todo mundo julga, especialmente, os outros.
domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Plateia
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Aristóteles e a Internet
Eu já vinha pensando nisso há um bom tempo, tenho percebido que tenho dormido menos, tenho vivido demais no mundo virtual, essa coisa de acordar e ter que conferir o e-mail, as mensagens no Twitter, e assim, esquecido da minha vida de carne e osso.
Estou fazendo um curso de roteiro para séries de TV e a série que estamos desenvolvendo é extremamente complexa, sobre a imortalidade. Através desse tema, tenho pensado demais nas possibilidades da vida, da morte, de como tudo é fugaz e rápido. E nessa rapidez, quando vemos, navegamos, navegamos pelos mares da rede, sem filtro, sem noção.
E para complementar, a capa e as matérias principais da Época dessa semana (31 de maio, Nº 628), fala exatamente no uso ou abandono de redes sociais tais como Facebook, Twitter, Orkut. No Facebook eu tinha uma dificuldade danada de entender aquele bicho, aí decidi sair, até mesmo antes da debandada em massa prometida para o dia 31/05. O Linkedin é bacana por ser um portal profissional. O Twitter eu tenho que aprender a me controlar e ser menos chata, mas curto pela quantidade de links e informações transmitidas. Já o Orkut, cada vez mais vejo o quanto ele só serve para encontrar pessoas que você não vê há tempos. Ainda mais agora, que me mudei para São Paulo. São amigos, conhecidos, parentes em tudo quanto é canto. Mas, confesso que tenho me irritado um pouco. Decidi não apagar mais os recados, assim não tenho que ficar abrindo todo instante para apagar. Deixa lá, vou tentar abrir rapidamente, ver os recados e sair. Nada de vasculhar a vida das pessoas, fotinhos, etc...
Tenho que fazer mais coisas reais, como ler, ver filmes, ir ao cinema, ir ao teatro, fazer aulas de música, escrever, me entregar mais a mim, mas de forma bacana, de aprendizado. Estou me desconstruindo e me reconstruindo. Essa mudança para São Paulo me fez rever muita coisa em mim. Não sei exatamente o que quero, só tenho certeza daquilo que não quero. Quer dizer, nem tanta certeza assim...
Esses pequenos momentos de crise são fantásticos, doloridos e tristes em alguns momentos, mas extremamente necessários para a emersão, para se descobrir, para renascer. Ando numa fase em que sinto isso, um profundo renascimento. Ando meio Clarice Lispector, sentindo, sentindo, observando, olhando pra dentro de mim, acima de tudo. Não está sendo fácil, mas afinal de contas, o que é fácil nessa vida???
Último parágrafo da matéria na Época - 31/05 - Nº628 - Paulo Nogueira
"Os próprios internautas vão fazendo seus ajustes, sem grande alarde. Algumas pessoas tomam a decisão extrema de abandonar redes sociais como o Facebook e o Twitter, mas os números sugerem que a decisão mais comum tem sido administrar melhor o tempo. Aristóteles disse que a virtude está no meio: nem avarento e nem pródigo, nem manso e nem colérico, nem eufórico e nem apático. A internet, se usada aristotelicamente, sem excesso, mas também sem carência, haverá ela mesma de enterrar os fantasmas e aparecerá com mais clareza como o que realmente é: um passo gigantesco na história da humanidade."
sexta-feira, 28 de maio de 2010
sem nome
Cerca de apenas alguns quarteirões.
São apenas algumas colinas pelas ruas escuras.
A Cardeal parece mais sombria à noite.
Desço a Fradique, mas queria ir para outro sentido.
domingo, 4 de abril de 2010
Hoje estréia: Culture-se!!!

Sobre o Culture-se.com
Texto: Paulo Henrique de Moura
Logo: Carlos Machado
O que é cultura para você? Difícil responder? Pense um pouquinho... Cultura popular, cultura elitista; Porque Caetano Veloso é considerado cultura e o Bonde do Tigrão não é. Difícil responder. Pois é. Você já parou para pensar em quem foi a pessoa que denominou o que é cultura e o que não é? Questão de gosto? Talvez. Mas o que é o bom gosto e o que é o mal gosto?
Para debater o tema Cultura, surge o Culture-se, ou melhor, www.culture-se.com O site conta com 15 colaboradores que escrevem sobre Moda, Música, Fotografia, Artes, Literatura, Teatro, Dança, Cinema, TV, Viagens e Gastronomia. Idealizado pelo jornalista Paulo Henrique de Moura, o Culture-se buscará suprir a necessidade de leitores ávidos por informação cultural.
Quando se fala em cultura, fala-se também em raízes, em história de um povo, em conceitos antropológicos que não são passíveis de discussão. Uns gostam de MPB, outros de axé, funk, sertanejo e demais ritmos. Tem gente que admira a obra de Di Cavalcanti e Portinari, outros se sentem agredidos pela loucura dos parangolés de Hélio Oiticica.
O Cinema Novo foi realmente novo? Porque a Maria gosta do cinema nacional e o João do cinema americano ou ainda: o Pedro gosta do cinema europeu e ai de quem falar mal da Nouvelle Vague. Porque fulano prefere Herchcovitch a Jum Nakao?
Espantado com a última pergunta? Moda também é cultura e é um segmento que movimenta bilhões por ano. Cultura está diretamente ligada a liberdade. Liberdade de expressão, de criação, e muitas vezes, a falta dela aguça ainda mais a criatividade do artista. Um exemplo de riqueza de produção cultural foi o período de ditadura militar (1964-1985). A música de protesto do Opinião de Nara, João do Vale e Zé Queti, seguidos de Bethânia e mais tarde do Tropicalismo de Tom Zé, Caetano, Gil, Gal e os Mutantes.
É verdade que os tempos são outros e que a riqueza cultural de um país não se perde com o passar dos anos. Digo que são feitas reinvenções de padrões e costumes. A música que era popular nos anos 50 e 60 era a bossa e o rock, hoje são o sertanejo, o pagode e a música eletrônica. O padrão de qualidade caiu? Talvez. Mas o que é indiscutível, é que estes ritmos também são formas de expressão musical e consequentemente cultural.
Tomei os estilos musicais como fio condutor deste texto sobre o que é cultura porque considero a música a expressão cultural mais popular entre os povos. É apenas uma forma de instigar a discussão e ouvir as respostas sobre a pergunta do início deste texto. O intuito do Culture-se.com é utilizar este espaço para que você leitor fique por dentro de tudo o que acontece no cenário cultural.
Culture-se. Liberte-se. Você pode tudo!
Mais Informações:
Paulo Henrique de Moura
paulohmoura@culture-se.com
quinta-feira, 25 de março de 2010
Esquadros - Adriana Calcanhotto
"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve..."
segunda-feira, 22 de março de 2010
Lançamento do curta-metragem “semivida”, dia 25/03, em Itajaí

RELISE DE DIVULGAÇÃO
O curta-metragem “semivida.”, do diretor Diego Lara, será lançado nesta quinta-feira, dia 25 de março, a partir das 20h30, no auditório do Porto de Itajaí, em duas sessões com entrada gratuita. O filme é o primeiro trabalho da Tac Produções, de Itajaí, na área de ficção. O projeto é apoiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, com patrocínio do Porto de Itajaí.
O curta-metragem tem de cerca de 15 minutos de duração, e foi gravado em agosto de 2009, em locações em Itajaí e Navegantes. De acordo com o diretor, “semivida.” mostra o fim de uma relação sob uma ótica fantástica. Passeando em uma rua deserta, o casal Sandro e Mara caminha para o fim – de suas vidas e do relacionamento.
Sandro é um roteirista de documentários. Mara é escritora de pequenos romances e contos. Eles dividem uma vida, sonhos, anseios e planejam um futuro brilhante. Tudo parece normal, até que um deles confessa que o outro não passa de um mero personagem em um roteiro esquecido. Os personagens principais são interpretados pelos atores Daniel Costa de Souza e Bruna Machado
Perdido entre a realidade e a ficção, “semivida.” passeia entre o amor e a perda de forma suave, brilhante e simples. Com um roteiro contundente de Diego Lara, utilizando os antigos modelos de amor e paixão, estes personagens são o reflexo de uma sociedade onde cada vez mais o isolamento e a solidão moldam as pessoas.
Mais informações:
(47) 3249 0931
quarta-feira, 17 de março de 2010
Exposição fotográfica Cidade Geometria - Blumenau em Linhas e Ângulos abre dia 30 de março, na Furb

Abaixo, o relise com mais informações.
Bjos
Simone
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
A guria lá...
É estranha, é asquerosa, se acha a bolachinha recheada que ficou trancada no fundo do pacote. Tem um sorriso ridículo que expõe as gengivas. Finge ser humilde pra tampar sua ignorância e o medo que descubram sua total decadência.
É inútil, não faz falta. Só quero distância dela e do maldito espelho.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Teatro e lançamento de livros - Sesc Itajaí
ENTER 2010
LOCAL: TEATRO MUNICIPAL DE ITAJAÍ
ENTRADA FRANCA
11/02 – Quinta-feira
Espetáculo: FLASHES DA VIDA
Horário: 20h30
Sinopse: “Flashes da Vida”, como o nome sugere, retrata fragmentos cotidianos, em sete pequenas histórias: “A Tacada Perfeita”, “Caçador de Sonhos”, “Chiclete”, “A Hora da Decisão”, “Em Apuros”, “Máquina Mortífera” e “Taradinha”.
Como reagir frente a uma porta trancada, a um carro enguiçado ou a um chiclete grudento? Quem nunca culpou o juiz pela derrota de seu time? Espetáculo solo e sem texto que usa a mímica de forma extremamente cômica para mostrar situações comuns. Alguns adereços, onomatopéias e exíguo cenário auxiliam as cenas deste trabalho embasado na ação física, no equilíbrio-desequilibrado do clown, no improviso do jogo cênico e na relação com a plateia.
Propõe um trabalho que dá espaço à imaginação e à subjetividade, elevando o público da posição passiva de receptor, para a posição ativa de co-autor do espetáculo.
Quadros Encenados
A Tacada Perfeita - Um experiente jogador de golfe se prepara. Vento favorável, postura, concentração, equilíbrio e lá vai ela (a bola)!
Caçador de Sonhos - Um menino que, caçando passarinhos, descobre o valor da liberdade e da vida.
Chiclete - Um paquerador “chicletão” e sua goma de mascar.
A Hora da Decisão - Estádio lotado. Torcida vibrando. Jogadores a postos. O juiz apita… e começa o espetáculo!
Em apuros - Uma cólica: a porta fechada! Outra cólica: uma janela! A porta ou a janela: eis a questão!
Máquina Mortífera - Homem X Máquina. As peripécias de um motorista e seu “potente” carro.
Taradinha - Um buquê de flores e a melhor gravata! Ele bate à porta. Ela o espera para um encontro inesquecível, cheio de fortes emoções!!
LANÇAMENTO DE LIVROS
Lançamento de O Calafate Míope (Cristiano Moreira)
Lançamento de “As certezas e as palavras” (Carlos Henrique Schroeder)
Lançamento de “As Cegas” (Escritores de Itajaí) – Distribuição gratuita
Lançamento de “Livro de Pequenas Cousas” ( Escritores de Itajaí ) – Distribuição gratuita
Data: 11/02 – quinta-feira Horário: 19h – 20h30
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Marcelo Morais
Setor de Cultura
SESC-Itajaí-SC
Fone: (47)3349-4096
http://twitter.com/marceloproducao
sábado, 6 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Soneto 11 - Luis Vaz de Camões
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?