quinta-feira, 21 de junho de 2007

Artigo

O, a, os, as. Quando penso em artigo me vêm estas letrinhas aí. Hoje em dia também penso no artigo científico, que é mais pomposo e esse sim, quer refletir o máximo de intelectualidade e vaidade possível existente no universo.

Como comentei no texto que era para ser editorial, tenho problema com palavras, com gramática. Sei que isto é horrível, mas tenho. Sei que deveria devorar livros de português, livros em geral, escrever muito, mas me falta tempo. Me falta tempo porque sou meio desorganizada também, mas porque essencialmente me falta tempo.

Apesar de ter escolhido jornalismo, nos tempos de escola sempre fui melhor em matemática do quem em português, mas hoje, depois de tanto tempo afastada da escola, tenho dificuldades em fazer contas. Sempre estudei em colégio público e me orgulho disto. Me orgulho da trajetória operária de minha família.

Meu pai torneiro mecânico e minha mãe vendedora de cosméticos. Acho que me sinto um ser integrante de alguma revolução imaginária por isso. Me sinto mais feliz por saber que sou filha de pessoas simples e batalhadoras. Inegavelmente eu tenho uma visão proletária e talvez por isso um pouco preconceituosa em relação ao poder e ao dinheiro.

Talvez a educação que tive não foi tão privilegiada, tive bons professores, mas tive uns muito ruins também, como na universidade particular que estudo hoje. Há bons e maus profissionais em todos os lugares, em todas as áreas.

Geralmente há uma vaidade intelectual muito pior do que qualquer outra vaidade. Vejo isso hoje, no ambiente acadêmico. Quando fazia um programa na TV universitária, lembro de um entrevistado, um mestre, talvez doutor que quis cópia exclusiva de sua entrevista. Ele não quis ver o programa inteiro, editado, com mais cinco ou seis pessoas. Quis apenas sua parte.

Fiquei imaginando ele em casa, se admirando, vendo o quanto falava bem sobre tal assunto. Fico pensando, o quanto ele perdeu, pois poderia ter ouvido e visto outras pessoas com outras opiniões, com outros pontos de vista, que seriam agregadas ao seu “vasto” conhecimento. Não que o programa fosse imperdível, não é isso, mas essa vaidade toda existe em todo lugar. Todos nós somos vaidosos, de alguma forma, seja física, intelectual, financeira ou em habilidades específicas. O ser humano utiliza deste pecado capital, é inevitável.

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