quinta-feira, 21 de junho de 2007

Uma Resenha Cultural


A resenha é um texto descritivo, mas acrescenta opinião. Eu acho que a própria descrição expressa opinião. Eu posso descrever algo e omitir outra parte, nisso a edição da opinião já foi feita, mas isso é assunto para outra hora.

Neste texto falaremos do filme Labirinto do Fauno, do diretor mexicano Guilhermo del Toro. O longa se passa na década de 40, na Espanha, em meio ao regime fascista. A história é de uma menina que vai morar em uma casa nas montanhas com a mãe grávida do segundo marido, um militar nenhum pouco condescendente. Neste lugar diferente, ela encontra um misterioso labirinto e seres muito diferentes.

Descrevendo assim parece bobinho, meio tolo, mas Labirinto do Fauno é um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos. Ofélia, a menina de 10 anos, é interpretada pela jovem atriz Ivana Baquero. Ela simplesmente rouba a cena. É uma menina frágil em meio a dois mundos, um real e outro fantástico e, os dois são terrivelmente assustadores para uma criança sonhadora. Me fez refletir sobre os sonhos que ficam pelo caminho, os medos deste mundo estranho e apavorante que existe quando a gente cresce e se depara com as injustiças e maldades do mundo.

Mas, para mim, o mais interessante em Labirinto do Fauno é sua narrativa. Ele relata duas histórias completamente diferentes e absolutamente próximas de forma magistral. Tem toda uma ambientação, uma preocupação estética. Você sente o frio, o medo, a angústia. Os pôsteres refletem bem, toda a preocupação da Criação de Arte impecável.

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